segunda-feira, 31 de outubro de 2011

MATÉRIA Nº 01: SÉRIE “FALA E ESCREVE CORRETAMENTE” Nº 08



A FLEXÃO “PRESIDENTA”

   

      A forma feminina PRESIDENTA não é neologismo petista! Ela já existe desde a época de Antônio-Feliciano de CASTILHO (século 19). Consta em qualquer bom dicionário da Língua Portuguesa. Exemplos: Dicionário de Aurélio, 1ª edição 1.975; Dicionário Melhoramentos, 7º edição 1.971; Dicionário de Caldas Aulete, 5º edição portuguesa, 1.970, que a registra como “familiar”-- fato que não é verdadeiro.

     CÂNDIDO JUCÁ (filho) um dos gramáticos mais racionalistas, declara;

     “PRESIDENTE”, adj. que governa, que dirige: É sócia presidente da instituição • m – diretor, o chefe. • Como subst., admite o f. ‘presidenta’: Mil graças, presidenta! (Castilho) (....) D. Maria é a presidenta da corporação” (Dicionário Escolar das Dificuldades da Língua Portuguêsa – 3ª edição, Ministério da Educação e Cultura – Departamento Nacional de Educação – Campanha Nacional de Material de Ensino, 3ª edição 1.968. Copirraite: FENAME, Rio de Janeiro, GB, 1.963)

     A Linguagem Racional não somente admite esta flexão, mas a recomenda, porquê é importante indicar-se o sexo das pessoas. Justamente na época atual, quando muito se destaca a QUESTÃO DE GÊNERO, esta recomendação gramatical racionalista vem a calhar.

     Observação: Abandone-se a significação “esposa de um presidente”, quê aparece na maioria dos dicionários.

     Como adjetivo, é evidente, não flexiona. Outro exemplo, citado por Cândido Jucá, é CLIENTE / CLIENTA. Pertence a mesma questão a flexão “governanta” (feminino de “governante”)

     Somente pessoas quê não te͂em o costume de ler é que podem estranhar esta flexão. Sejamos racionais e práticos! Quanto mais se deixar evidente o sexo das pessoas, melhor no relacionamento e para a exata compreensão da mensagem!

     Empreguemos, pois: a estudanta, a dirigenta, a escreventa, a atendenta, e assim por diante.

     Somente a Linguagem Racional amenizará os inúmeros e graves problemas do setor. Infelizmente, a Lingüística tem colaborado com a intensificação dos problemas da Linguagem!... Ela deve ater-se aos princípios gerais da Linguagem Verbal, deixando de prejudicar a gramática normativa, a qual é cada vez mais necessária a Humanidade, porquê “tudo aquilo quê é entregue a todos necessita de ordem para quê não se transforme em desordem”



MATÉRIA Nº 02: “O CASO ORLANDO SILVA”

  Mais uma astúcia do “poder do mal” ocorreu contra o governo da presidenta Dilma! Faz alguns dias quê acompanho o movimento da Média Nacional contra o Ministro dos Esportes, Orlando Silva. Desde os primeiros comentários quê ouvi de pessoas componentes do Governo a respeito do caso, achei quê realmente o acusador não tem a mínima autoridade moral para acusar o ministro Orlando Silva. No último sábado, ouvindo uma entrevista do eminente político Dr. Messias Gonzaga, eliminei totalmente minha dúvida sobre o caso.

     A presidenta Dilma agiu corretamente, entrando em acordo com o PC do B e com o próprio ministro Orlando Silva, para quê esse ministro renunciasse, afim de quê os trabalhos da Copa Mundial de Futebol e o Governo atual não sejam prejudicados. Faz poucos minutos quê vi pela longevisão a posse do novo Ministro dos Esportes – Deputado Aldo Rebelo, do mesmo partido. Ouvi atentamente o discurso de despedida de Orlando Silva e o discurso de posse de Aldo Rebelo. Tive o prazer de conhecer melhor o preparo intelectual e político de ambos.

     Fico, pois, tranqüilo diante da solução do problema, e aguardo a investigação do caso, a qual, certamente, culminará com a absolvição do suposto réu.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

PROPOSTA À ACADEMIA FEIRENSE DE LETRAS E À ACADEMIA DE LETRAS E ARTES DE FEIRA DE SANTA ANA

PROF. RODRIGUES SILVA

     


Redação: 22 de Julho de 2.010



Incluir no estatuto a obrigatoriedade de seus membros adotarem uma signatura parcial, tecnicamente correta.

JUSTIFICATIVA:

     Todos sabemos quê nem sempre uma pessoa utiliza sua signatura, isto é: seu nome civil, impropriamente denominado “nome completo”, atualmente reduzido, com total impropriedade a “NOME”, como aparece freqüentemente em formulários.

     Se para qualquer pessoa o emprego abreviado da SIGNATURA (signatura parcial) é necessário e conveniente, mũito mais o é para os homens públicos, como: políticos, artistas, intelectuais em geral, entre os quais se destacam os escritores e acadêmicos de Letras e de outras especialidades. Observa-se facilmente isto até nas reportagens de jornais e revistas: Primeiramente, a pessoa entrevistada ou de quem trata a matéria é denominada pela SIGNATURA, quer dizer: pelo NOME CIVIL, composto, geralmente, de no mínimo, três antropônimos, podendo aparecer ou não o conectivo: de, da(s) e do(s). No entanto, nas vezes seguintes da referência, trata a pessoa com a signatura parcial. Infelizmente, como a ignorância em Antroponímia neste país é generalizada, nem todo jornalista sabe desta regra. Assim, numa reportagem sobre o CLUBE DE CAMPO CAJUEIRO, em 2.007 (salvo engano), um jornal local escreveu a signatura do presidente daquela instituição sob quatro formas. O pior: Às vezes, no texto está escrito de uma maneira (forma ou grafia) e na legenda está de outra forma, ou no próprio texto a signatura aparece com grafia ou formas diferentes. Isto é um erro gravíssimo para um jornal ou uma revista.

     Também chamo a atenção para o fato de quê somente especialistas em ANTROPONÍMIA NORMATIVA, como é meu caso, te͂em direito de retificar antropônimos e signaturas. Fora disto, a obrigação do jornalista é seguir aquilo quê consta nos documentos pessoais, ou aquilo quê o portador da signatura emprega. Obviamente, existem casos tão absurdos, tão evidentes quê o editor tem direito a retificar.

     Aproveito o ensejo para explicar quê somente em documentos pessoais nós temos, infelizmente, ainda, a obrigação de seguir a grafia e a forma constantes no Registro Civil de Nascimento. O direito de corrigir a GRAFIA é mu͂ito maior e mais fácil de ser efetivado quê o direito de corrigir a FORMA.

     Para não existir qualquer dúvida entre os confrades, faço adaptação, a seguir, do conteúdo de meu livro SISTEMATIZAÇÃO DA ANTROPONÍMIA, pg. 47, item 9, do capítulo “SOBRENOME E NOME DE FAMÍLIA” (intitulado “Assinatura Parcial”. Posteriormente, retifiquei a palavra ASSINATURA, com esta acepção, para SIGNATURA, do Português arcaico; criei um “neologismo semântico”):



S I G N A T U R A  P A R C I A L

1. Denomino “ signatura parcial”, impropriamente chamada “ nome de guerra”, aquela utilizada em 1º lugar por escritores, artistas, políticos e qualquer pessoa pública ou de destaque na sociedade, e em 2º lugar, por membros de corporações militares (daí a expressão “nome de guerra”, embora este caso utilize apenas um antropônimo, geralmente posnome). Algumas empresas comerciais também utilizam a signatura parcial, com um único antropônimo, igualmente, na maioria dos casos, um posnome. Exemplos: 1º Caso: Sargento Faria (errado: Farias), Tenente Teixeira, Soldado Oliveira. Com nomes: Cabo Artur, General Orlando, etc.. 2º Caso: Maciel, Antunes, Otacílio.

     No caso das instituições militares e comerciais, o critério principal é evitar tocaios (= eqüinominados). Assim, em 1º lugar, eles verificam se na lista de seus membros existe alguém ou algumas pessoas com o mesmo Nome do novo membro. Em 2º lugar, se existem pessoas com seus posnomes. Como o objetivo fundamental é evitar nomes vocatórios iguais, adotam apenas um antropônimo, para facilidade de comunicação. Dentro desta realidade, é que apenas vez por outra o nome vocatório, o qual, no caso, passe a nome profissional, fica constituído pelo Nome do membro novato.

     ORIENTAÇÕES PARA A ESCOLHA DA SIGNATURA PARCIAL:

1)      Deve-se evitar, na época atual, adotar seudônimo em lugar da signatura parcial.

2)      A signatura parcial deve ser composta por apenas dois antropônimos. Raramente se justifica utilizar 03 antropônimos. O conectivo deve depender de sua posição na signatura. Exemplo: Uma escritora quê tem como signatura “Itamara-Maria da Encarnação Gomes” pode adotar: a) Itamara Gomes. b) Itamara da Encarnação. c) Maria da Encarnação. d) Maria Gomes. Não pode: “da” nem “ de” Gomes, porquê : * na signatura, “da” antecede a Encarnação. * Posnome patronímico (no caso: GOMES) não pode ser antecedido de preposição.

3)      É sempre recomendável quê o Nome ou um dos Nomes apareça, principalmente no caso das mulheres e transexuais e travestis que utilizam Nomes femininos.

4)      Os critérios para escolha da signatura parcial podem ser: semântico, fonético, fono-     -semântico, por afinidade a determinado parente (pai, mãe, avô ou avó), critério social, filosófico ou religioso.

Ex: Sóstenes Brilhante Rodrigues Silva (meu filho). Se ele quer destacar a qualidade “brilhante”, adota: Sóstenes Brilhante. Se deseja destacar Silva, por motivo ecológico (floresta), adota: Sóstenes Silva. Se, por outro lado, faz questão de relembrar seu pai, adotará Sóstenes Rodrigues.

Observação: Ele poderá não aceitar SÓSTENES SILVA por motivo fonético: combinação não mũito cômoda: /-nis sil-/.

5)      É importante evitar combinações quê deem a impressão de outra função do antropônimo (Nome, posnome e apelido). Mesmo com a Antroponímia sistematizada, sempre existirão pessoas quê não a estudarão, e assim, façam confusão com a função de cada antropônimo. O mesmo se diga em relação ao gênero, embora este caso seja menos freqüente. Exemplos: a) Conceição Oliveira. b) Joyce Cardoso (1. Função. 2. Estrangeirismo). c) Gil Vicente (função). d) Georges Sand (romancista francesa, com signatura masculina). Ildes Ferreira.

6)      Não se deve utilizar, em hipótese alguma, abreviatura ininteligível, nem na signatura parcial nem em qualquer outro contexto. A única exceção é quando o leitor já sabe interpretá-la. Um exemplo muito conhecido na área intelectual é “J. G. de Araújo Jorge”.

7)      Também não se deve efetuar alterações nos antropônimos, senão no caso de correções de forma e de grafia. Um exemplo de erro é “Sousândrade”. Outro exemplo: Roberval Pereyr. (“Pereira” é um ótimo posnome, tanto foneticamente quanto semânticamente. “Pereyr” é uma grande asneira!)

8)      O Nome duplo não pode ser escolhido como signatura parcial. No caso de cantor, admite-se, embora não seja recomendável; o mesmo caso é o dos desportistas. O Nome tem a função de identificar o indivíduo apenas no meio familiar, das vizinhanças e das amizades – um meio restrito, então.

9)      Não se inclua na signatura parcial antropônimos impróprios nem com erros de função e de gênero. Exemplos: JOTA ESSE, ASA FILHO, EDSON KAÍKE.



Exemplos De Signaturas Parciais Errôneas:

  1. Alexandre Herculano (Nome duplo ou Nome com erro de função)
  2. J. G. de Araújo Jorge (Abreviatura ininteligível e 04 vocábulos)
  3. Antônio Cândido (Nome duplo ou erro de função; vê nº 05)
  4. Fernando Namora (Impropriedade semântica)
  5. Magalhães Júnior (Elemento antroponímico. O elemento antroponímico deve desaparecer totalmente na sistematização da Antroponímia)
  6. Élsia Lessa (No Nome: erro de forma. No posnome: erro de grafia)
  7. Olavo Bilac (Erro de forma)
  8. Genolino Amado (Erro de forma e de função)
  9. Jorge Amado (Erro de função. Na Sist. da Antr., “Jorge” deve passar a posnome)
  10. Massaud Moysés (1. estrangeirismo. 2. erro de grafia e de função; Nome duplo?)
  11. Antônio Carlos Magalhães (03 vocábulos)
  12. Barbosa Lima Sobrinho (03 vocábulos; elemento antroponímico)
  13. Cristiana Fausto (Erro de função)
  14. Aloysio Falcão (Em seus documentos, está correto: Aloísio)
  15. Eneida Pitiá (Impropriedade semântica)
  16. Adonias Filho (Elemento antroponímico. Vê nº 05)
  17. Lélia Vítor (Erro de função) (**)
  18. Franklin Maxado (1.extrangeirismo. 2. erro de grafia. 3. erro de função no estrangeirismo)
  19. Graça Aranha (1. função. 2. impropriedade do posnome)
  20. Raul Pompéia (Erro de forma, o qual dá aparência de erro de gênero)

(**) A prática de mudar de nome de família pelo simples fato de casar-se é um erro gravíssimo contra a sistematização da Antroponímia.

                   

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

M A T É R I A  1

       ALGUMAS NOTAS AOS JACOBINENSES
 * Estou aguardando comunicação da professora Doraci Araújo Lemos para os primeiros entendimentos sobre a fundação do Instituto Histórico e Geográfico da Região de Jacobina. Como não tive oportunidade de falar com ela diretamente sobre o assunto, peço-lhe que se comunique comigo para o planejarmos.
 * Agradeço de modo especial aos vereadores Carlos Mota, do PT, e Milton da Natureza, do PV, quanto ao apoio que eles me prometeram. Estou aguardando comunicação das pessoas interessadas no grupo que eu quero fundar lá.
 * Em breve, enviarei ao Arquivo Público Municipal uma cópia xerográfica de uma boa matéria sobre a história de Jacobina, constante na Enciclopédia dos Municipios Brasileiros
 * Enviarei também uma cópia xerográfica de meu livro "Sistematização da Antroponímia" à Biblioteca Municipal de Jacobina. O texto está com correções bem organizadas, tendo em vista a segunda edição.

  M A T É R I A   2

                                      A B R A Ç A R   J A C O B I N A
 Letra e música: João Bosco Silva Fernandes

 É necessário abraçar
 a terra que a gente ama.
 Não vamos deixar jamais
 se apagar esta chama.
 Nós somos o sal da Terra,
 somos a sociedade.
 Não vamos deixar o mal
 se apoderar da cidade;
 não vamos temer ninguém
 porque Deus é por nós.
 Nos quatro cantos do mundo
 vão ouvir a nossa voz.

 Olhemos nossa gente
 neste abandono total.
 Busquemos igualdade
 e Justiça Social.
 O mundo não está perdido.
 Ainda há fraternidade
 e em muitas pessoas
 ainda existe a bondade,
 mas vamos ser prudentes
 na hora de avançar,
 pois há pedras no caminho
 que podem nos atrapalhar.
 
 Refrão
  Não vamos deixar
  a terra que a gente ama.
 Não vamos  deixar jamais
 se apagar esta chama.
 Nós somos o sal da Terra,
 somos a sociedade.
 Não vamos deixar o mal
 se apoderar da cidade.
 Não vamos temer ninguém
porque Deus é por nós.
Nos quatro cantos do mundo
 vão ouvir a nossa voz.
 Ainda existe a bondade,
 mas vamos ser prudentes
 na hora de avançar,
 pois há pedras no caminho
que podem nos atrapalhar.
***************************************************************************************
Observação: Recordação da visita ao Grupo Andorinha, de AA de Jacobina, em 24 de fevereiro de 2009. Fiz pequenos ajustes na grafia  

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

MATÉRIA 1
                                   NOTAS DOS ÚLTIMOS DIAS
       Nos próximos dias farei um relato relativamente extenso sobre a viagem à região de Jacobina, que começou no dia 11 e terminou ontem. Cito ligeiramente alguns pontos de destaque:
       * Distribuição de muitos textos de minha autoria, alguns dos quais com redação definida no mesmo período. Alguns destes textos foram distribuídos também em Capim Grosso.
       * Proferi uma exposição sobre Onomástica na Academia Jacobinense de Letras, no dia 16.
       * Participei de reuniões de dois centros espiritistas e nos dois grupos de AA (Alcólicos Anônimos)
       * Passei uma manhã quase toda na Câmara de Vereadores, tempo no qual conversei muito com dois vereadores e assisti à sessão da Câmara.
       * Mantive contatos com o Arquivo Público Municipal, com o Centro Cultural Professor Edmundo Isidoro dos Santos e com o Jornal A NOTICIA
       * Conheci a cachoeira de Arapongas, um belo exemplo da natureza exuberante da região
       * Obtive apoio dos dois referidos vereadores para uma instituição que desejo fundar naquela região
       * Em Capim Grosso, visitei a Rádio Comunitária Contorno FM e conheci o Jornal Folha Regional
       OBSERVAÇÃO: Aviso a todos interessados que minha linha telefônica voltou a funcionar e que a partir de amanhã retomarei as últimas providências para o funcionamento da internete

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

PROFESSOR RODRIGUES SILVA
15 de outubro de 2011
ROTEIRO PARA UMA EXPOSIÇÃO SOBRE ONOMÁSTICA
Público-alvo: Acadêmicos de Letras, escritores e intelectuais
Tempo: aproximadamente 30 minutos

1)    Conceito. Deficiências dos dicionários da Língua Portuguesa e de outras Línguas neste setor.
2)     Importância:
-- Na identificação pessoal
-- Na identificação pública
-- Na relação com a vida  de qualquer pessoa: topônimos e demais classes: “Os nomes próprios estão presentes na vida desde antes do nascimento das pessoas até a posteridade delas, por tempo indefinido.“

3)    Divisão da Onomástica
-- 09 classes: antropônimos, topônimos, mitônimos, potamônimos, astrônimos, bibliônimos, institucinomes, zoônimos e hierônimos.
Observações: *Esta ordem é segundo a importância.
·         “Institucinome” é um neologismo de minha autoria.
·         “Zoônimo” é um neologismo de outro autor
·         Alguns autores de Onomástica, registram o vocábulo pantônimo, abrangendo os nomes próprios além dos antropônimos e topônimos.
NO entando, “Pantônimo” é um vocábulo totalmente sem necessidade diante da nomenclatura já definida no assunto.
           Grupo primário: antropônimos, topônimos, mitônimos e astrônimos.
            Interrelação entre todas as classes de nomes próprios, principalmente aquelas do grupo primário.

-- Exemplos de nomes próprios que se relacionam a classes diversas: Nilo, Fátima, Baía, Washington, Vitória, Salvador.
04) Ciências Auxiliares da Onomástica: Gramática Histórica, Filologia, História, Geografia, Sociologia e Antropologia, Sicologia, Direito e Religiões.
* Neologismos na área: Glotonomástica: relação entre os nomes próprios e os nomes comuns da Língua Materna e de outras.
Xenoglotologia: estudo panorâmico das línguas estrangeiras.
Observação: O estudo comparativo das línguas é um ótimo auxiliar da Glotonomástica.
Exemplos de nomes próprios de explicações curiosas ou que valem a pena ser destacadas: Silva, Crato, Dias, Lima, Pires, Roque, Maia e Olivério.
05) Aplicações diversas da Onomástica:
* Identificação individual e pública
* Identificação de seres diversos, de maneira específica

06)
* Utilização nas Artes
* Aplicação no Direito
07)  Aspectos da Onomástica
• lingüista (gramatical)
• filológico e semántico
• histórico e social
• sicológico e antropológico
      • lúdico
08) Necessidade urgente da sistematização da Onomástica:
problemas diversos: grafia, Morfologia, gênero, função, função, propriedade, critérios para a adoção da signatura, problemas jurídicos, problemas nos documentos e nos impressos em geral,interferência negativa, em muitos casos, no relacionamento entre as pessoas; finalmente, uma grande deficiência na nomenclatura.
09) Grande deficiência na bibliografia.

Observação: Este roteiro foi preparado para a exposição na Academia Jacobinense de Letras, no mesmo dia, à noite.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

M A T É R I A 1

 J A C O B I N A  (Poesia nº 66)

Jacobina, terra de topônimos indígenas,
a ti presto esta singela homenagem
em um momento falto de inspiração poética,
mas confortado por tua peculiar aragem.

Cognominada "Cidade do Ouro",
entre serras azuladas te situas.
Prometes progresso em dias vindouros
também para tuas inúmeras ruas.

Em ti se concentram três rios
com pontes ora modernas, ora antigas.
Apresentas habituais "desvios",
mas paulatinamente os mitigas.

Conhecida sede de uma região
do Piemonte da Diamantina,
Terra de Turismo, Tradição e Mineração,
avanças sempre, oh miranda Jacobina!

Possuis paisagens admiráveis
espremidas entre outeiros neblinados.
Tuas grotas, grutas e catadupas agradáveis
tornam teus visitantes hílaries, fascinados!
*****************************************************************
Jacobina, 26 de fevereiro de 2009. Recordação de meu passeio à Região de Jacobina, de 21 a 27 de fevereiro de 2009. Revisada em 18 de outubro de 2011.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

M A T É R I A 1

A  V A  L O R I Z A Ç Ã O   D O  P R O F E S S O R
Penildom Silva Filho: Dr. em Educação, prof. da UFBA, diretor geral do Instituto Anísio Teixeira

       No dia 15 de outubro comemora-se o Dia do Professor, e neste momento há uma série de medidas que podem realmente ser celebradas por nós, professores, medidas que apontam no sentido da valorização do profissional da Educação e do estabelecimento de um sistema nacional  articulado de Educação, entre a União, os Estados e os Municípios.(....)
       O FUNDEB ampliou o conceito do antigo FUNDEF, que só financiava o Ensino Fundamental e hoje todos os Estados e Município têm a garantia de um financiamento para todos os níveis da Educação Básica, desde a creche, passando pela Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Mèdio, Educação de Jovens e Adultos e Educação Profissional. A União suplementa com recursos financeiros aqueles Estados e Municípios  que não tiverem o orçamento suficiente para garantir um investimento mínimo por aluno no ano da Educação.
       Foi publicada no Diário Oficial da União a portaria n° 221 de 2009 que define o valor anual por aluno de  R$ 1.350,09. Somente em 2009, mais de 1,2 bilhão foi transferido pelo governo Federal para Estados e Municípios, além dos recursos que estes já têm, do total de recursos do FUNDEB, o mínimo de 60% deve ser investido na remuneração dos professores. (....)
       Este programa de formação também prevê a "formação continuada", com cursos de atualização e especialização para os profissionais de Educação. O Ministério da Educação garante a oferta dos cursos e os governos estaduais e municipais devem garantir o transporte, a hospedagem e a alimentação dos cursistas, tornando efetivamente esses profissionais em sujeitos de direito à formação (....)"
       Fonte:  A TARDE: 15/ out./ 2009 -- página A- 2 com pequenos ajustes na linguagem.
     Como observa o internauta, esta matéria tem dois anos de publicada; ela é bem mais extensa. É importante frisar que a partir do Governo de Lula tem-se cuidado muito do setor da Educação. Algumas pessoas poderão retrucar que a Educação vai muito mal , mas quanto a isto, tenho que explicar o seguinte:
       * Ocorreu uma mudança não apenas de governantes, mas também de filosofia política. Ora, em todo caso de mudança de sistema, precisa-se derrubar um esquema para montar outro. Aí é que estão as dificuldades. No período de transição é óbvio que as coisas ficam piores que no período anterior.
       * No entanto ao lado destas dificuldades, já se observa muita coisa boa. Uma dessas novidades é o Enem, como também a valorização do Ensino Profissional

 M A T É R I A   2
 A L G U M A S  N O T A S

      * Ontem, pela manhã, ouvindo um programa radiofônico local, não pude ficar omisso diante de uma assertiva sem fundamento de um radialista, o qual com outras palavras afirmou que a forma "presidenta" é um modismo imposto pelo PT. Ele demonstrou que nada entende de Linguagem.Por isto resolvi redigir o texto A FLEXÃO "PRESIDENTA". Nos próximos dias, em Jacobina, estarei passando esta matéria para a internete.
      * Também estarei divulgando por este blogue o texto "Erros de Linguagem que aparecem em textos e na linguagem oral", incluindo  a Onomástica

     

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

    N O T A S    D I V E R S A S


      * HORÀRIO DE VERÃO: Mais uma vez, o poder do "vil metal" saiu ganhando. O Governador Jacques Wagner cedeu as pressões do mundo empresarial. Ele alegou que mandou efetuar um estudo para verificar as possíveis influências negativas do horário de verão no "relógio biológico". Um médico, por exemplo, lhe afirmou quê como são mais ou menos 40 minutos de diferença do horário natural, os efeitos são mínimos. O Governador, como a maioria, cometeu o equívoco de defender o horário de verão dizendo que se por um lado, a pessoa tem que levantar-se mais cedo, por outro lado, fica com horário vago à noite, e que quanto ao argumento citado da violência pela manhã, ele argumentou que está comprovado que a maioria dos casos de violência é cometida no periodo da tarde e da noite.
     Deve-se porém considerar quê o problema do "relógio biológico" continua: existem pessoas muito sensíveis a ele; a violência pela manhã, apesar de pouca, aumenta com o novo horário, e o melhor período de sono para boa parte das pessoas é justamente os das últimas horas da noite.
    Uma avó, que tem que preparar alguns netos para a escola pela manhã, por exemplo, sente claramente os inconvenientes desta mudança do horário natural. A baixa temperatura e ocorrência comum de chuvas nas últimas horas da noite são elementos que prejudicam  muito a vida das pessoas que têm compromissos no horário normal do trabalho oficial.
     Valeria a pena o esforço se fosse para unificar o horário em todo o país, mas sabemos que isto é impossível. O Norte e o Nordeste continuam com horário natural. Por que Baía, que faz parte do Nordeste, ter que seguir o horário do Sul e do Centro? Este fato é realmente lamentável. O mundo do comércio é que tem obrigação de adaptar-se ao horário local, e não o contrário.

    *EXPLORAÇÃO SEXUAL INFANTO-JUVENIL
     Hoje, ouvi uma entrevista do administrador do Centro de Abastecimento a respeito da reportagem que a Rede Globo efetuou sobre o trabalho e a exploração infanto-juvenis naquele entreposto comercial. Em primeiro lugar, conforme foi dito na reportagem, o assunto não é novidade. Outra coisa interessante foi que o senhor Claúdio, administrador do Centro de Abastecimento, apresentou no programa uma cópia de um documento endereçado ao Excelentissimo Senhor Juiz Válter Ribeiro Costa Júnior, o qual respondeu às questões apresentadas no programa; no entanto, infelizmente, não convenceu. Mesmo que a solicitação não seja competência legal de Dr. Válter, ele tinha a obrigação de responder à correspondência, indicando qual seria a autoridade adequada para resolver o caso.

  * DO JORNAL "CORREIO", DIA 5 DE OUTUBRO, Página 9: "IPEA afirma que emprego e educação melhoraram na Baía
    Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) aponta entre os índices que mais avançaram na Baía, entre 2001 e 2009, o emprego e renda e a educação. Segundo o estudo, a renda per capita dos baianos subiu de R$ 300  em 2001, para R$400 em 2009. Os baianos também passaram a ficar mais tempo na sala de aula, em média 6 anos de estudos, ante 5 em 2001"(com pequena adaptação)
    
    Página 13: "Trio vence Nobel por estudo sobre expansão do Universo
       Física: A Real Academia de Ciências da Suécia anunciou ontem os vencedores do Prêmio Nobel de Física de 2011. Ganharam os estadunidenses Saul Perlmutter, Brian Schmidt e Adam Riess pela descoberta da expansão acelerada do Universo por meio de observações de supernovas distantes(sic). em 1998 o trio balançou os alicerces da Física mundial ao anunciar que a expansão do Universo estava em aceleração. Até então pensava-se que a gravidade servia como freio, fazendo o processo desacelerar. Os resultados foram conseguidos por dois grupos independentes:um chefiado por Perlmuter,52 anos, da Universidade de Califórnia e outro por Schmidt,44, da Universidade Nacional da Austrália, mas, com participação importante de Riess, 42, da Universidade John's Hopkins (EUA) (....)" (idem)
]     
*** Conforme já foi anunciado várias vezes, deverei viajar para Jacobina no próximo dia 10, onde deverei passar  cerca de 11 dias. Nessa época será realizada a comemoração de meus 62 anos, com uma ampla agenda na cidade
      MATÈRIA 2
       PERSONAGENS DE NOSSA HISTÓRIA:
      Georgina de Melo (Lima Erismann): É muito conhecida em nossa cidade esta grande poetisa, declamadora, musicista, compositora, concertista, professora e pianista. Ela era filha de Camilo de Melo Lima e Leolinda Bacelar de Melo Lima. Nasceu nesta cidade no dia 27 de janeiro em 1.893 e faleceu em Rio de Janeiro, em 23 de fevereiro de 1.940. Casou-se com o alemão Walter Tudy Erismann. Em 1936, representou oficialmente nosso Estado nas comemorações do centenário natalício do maestro Carlos Gomes, na cidade "Campinas" (São Paulo). Publicou várias poesias, composições, crônicas, hinos e músicas sacras. Sua obra mais conhecida é o HINO A FEIRA.
      OBSERVAÇÔES ONOMÁSTICAS
    1- Na grafia da época: "Mello". Atualmente, porém, não faz nenhum sentido conservar-se este tipo de grafia. Vivemos na época da "grafia simplicada", desde 1943. "Melo", no Dicionário de Antenor Nascentes, contém algumas explicações totalmente descabidas.A única explicação correta é: do Latim "mérulus, -i", que significa "melro" (pássaro), através do Italiano antigo "Merlo" que aparece na Hagiografia Católica.
    2- "Erismann": Posnome alemão, cuja significação ainda não encontrei, mas creio que não tardarei a fazê-lo.
    3-"Bacelar", grafia da época: BACELLAR. Atualmente encontra-se, vez por outra a forma equivocada "BARCELAR". Este erro proveio da confusão com o topônimo-posnome BARCELOS, de origem muito diferente. "BACELAR" significa "conjunto de bacelos", vocábulo referente à plantação de parreiras. Em qualquer dicionário minucioso da Língua Portuguesa pode-se encontrar a explicação
    4- Walter: grafia original germânica: Walther. Forma ideal portuguesa:  Valtério.
    Observação: quanto ao posnome Tudy, ainda tenho que eliminar algumas dúvidas. Por isto, falarei sobre ele em outra oportunidade

 

terça-feira, 4 de outubro de 2011

MATERIA 1

                                    ANA BRANDÃO; NÃO: ANA BRANDOA


       Apesar de tudo já devidamente explicado sobre o grande equívoco da História Feirense --Ana Brandoa -- boa parte de nossos jornalistas e radialistas continua a proferir "Ana Brandoa", e a escola municipal situada no bárrio Tomba continua com o mesmo erro.
       Como este espaço não é longo, limito-me a algumas evidências da assertiva de que a forma "Brandoa" nunca funcionou em Brasil, mas apenas em Portugal, no século 14, em homenagem a uma moça que utilizou esta forma errônea -- alteração do posnome paterno "Brandão" -- criou-se a expressão toponímica "Distrito (ou Freguesia?) de Brandoa" nos arredores de Lisboa. A partir de então, esta deturpação gramatical (corruptela) não teve outras aplicações:
      1- No dia 21 de setembro de 2009 redigi uma matéria com o mesmo título para refutar o artigo "Ana Brandoa é Brandoa mesmo", publicado no dia 17 de setembro daquele ano, no jornal Folha do Norte (edição centenária). A matéria está em nome do jornal, mas seu conteúdo é de autoria do professor Carlos Melo, pesquisador daquele periódico.
      2- Infelizmente, muita gente tem-se arvorado a atuar no campo da Etimologia, nos nomes comuns e ou nos nomes próprios (principalmente na Antroponímia e na Toponímia) sem o mínimo preparo, sem sequer uma razoável base em Língua Portuguesa (1).
     3 - Etimologia, uma das principais aplicações da  Filologia, atua em consonância com a Gramática Histórica, com a História, com a Geografia e outras ciências auxiliares da Filologia. O filólogo mais minucioso de Brasil, no item "Datação Histórica", é Antenor ( de Veras) Nascentes (Rio de Janeiro, 1886 -- 1972). Ele não faz referência a forma Brandoa. Vários outros dicionários de Antroponímia e de História (2) (incluindo enciclopédias) foram consultados: também nenhuma referência a Brandoa. É impossível que um posnome (tradicionalmente chamado "sobrenome") funcione num país numa única pessoa. Isto é possível somente nos epítetos e nos cognomes.
     4- Depois de muita troca de idéias com o professor Joaquim Gouveia (da Gama), historiador e geógrafo de nossa cidade, cheguei a algumas conclusões novas a respeito da origem do equívoco:
    ** Ocorreu um engano na linguagem oral e ou na linguagem escrita. Lembro que Ana Brandão era analfabeta. Sua assinatura na escritura de doação de uma terra, em nossa história, foi a rogo.O professor Joaquim Gouveia com base em monsenhor Renato (de Andrade) Galvão, informa que na referida escritura consta realmente Brandão.
     ** Ainda fui informado de que o erro possa ter sido originado da influência de um movimento de alguns intelectuais da época, para que os posnomes passassem a flexionar em gênero, adotando uma forma específica para as mulheres. No caso, aqueles posnomes terminados em -ÃO passariam a -OA. Aquele movimento não teve a aprovação da Academia de Ciências de Lisboa, por ser desprovido de fundamento gramatical e antroponímico.
     No Português arcaico, alguns nomes individuais  em -ÃO tinham o feminino em -OA, como Simão/Simoa. "Brandão" é uma forma inadequada do Nome germânico "Brendano". Passou a posnome por erro de função. A forma antiga "Brandon" (-m) é errônea. Pela Etimologia, o Latim "BRENDANUS, -I" daria, no máximo, a forma feminina "Brandã" ou "Brandana", nunca "Brandoa". Lembro que "Brandão", nome comum, tem origem no francês brandon, cuja origem remota é a mesma do posnome Brandão (3)
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    NOTAS:
    1- Exemplos:
    * "Brasil: por causa de uma árvore da cor de brasa"
    * "Caramuru: homem do fogo"
    * "Jacobina: em homenagem aos Jacobinos, grupo político francês do tempo da Revolução Francesa, ou de um casal local Jacó e Bina"
      * " Geminiano: do Latim: que geme"
       2- Entre tais obras, destacam-se: o Dicionário das Famílias Brasileiras, e dois dicionários da Antroponímia de Portugal: um de Genealogia e um de Heráldica
      3- Quando afirmei que Brandon é uma forma errônea, referi-me especificamente à Língua Portuguesa. O Nome latino Brendanus e o nome comum francês "brandon" vêm do nome comum germânico "brand", cujo significado inicial era "tição, facho". Posteriormente tomou a acepção de "espada". O nome individual "BRENDANOS"  tem relação com "espada" (grande guerreiro), e o nome comum "BRANDON" continua com a significação original de tição, facho.
OBSERVAÇÂO FINAL:
     No livro "Pequena História de Feira de Santana" (1971), o professor Raimundo Pinto tratou de dois temas gramaticais ligados à Antroponímia feirense: "Brandoa"(página 174) e "Santana"(página 176). Em ambos os casos, ele comete equívocos evidentes. Em "Brandoa", por exemplo, ele afirma que Ana Brandão "preferia tal  forma e que a usou na  referida assinatura". A personagem Zé afirmou: "O melhor então é a gente usar como o povo gosta mais"
    Quanto a Santana, o autor afirma que ela é a "maneira certa e oficial de escrever o nome de nosso municipio. Muitas pessoas, porém preferem conservar a forma antiga quando fazem alusão à santa. Eu mesmo prefiro".
     Existe uma certa confusão, no diálogo, entre forma e grafia, além do conceito equivocado sobre aquilo que deve ser preferido no setor gramatical.