quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Série LINGUAGEM e ONOMÁSTICA

      A DENOMINAÇÃO DAS ÁRVORES FRUTÍFERAS E OUTRAS
      A Língua Portuguesa é privilegiada na maneira de denominar  as árvores frutíferas e outras das quais o ser humano aproveita um ou mais de seus elementos: fruto, folhas, raízes, caule, etc. O latim,  por ezemplo, é muito deficiente, muits vezes  confundindo a denominação da árvore, como um todo, com o fruto ou outro elemento que o homem aproveita: "MALUM, -i, s.n., =  maçã, , e MALUS, -I, s. f.:  macieira. Além disto, na Idade Média, começou-se a estabelecer a "denominação científica das plantas". A nomenclatura científiica não inclui o fruto e demais partes da planta, mas apenas a árvore. Assim, a macieira se chama "Malus doméstica", e representa o gênero MALUS.
    A  laranja se chama "malum médicum", enquanto que a laranjeira é "árbor médica". Outras Línguas, como o Francês, o Italiano e o Alemão também possuem suas inexatidões e incoerências. Nós, falantes da lingua portuguesa,  lusitano-brasilesa,  podemos usar de maneira muito eficiente a denominação das plantas, seguindo o seguinte princípio:
   Acrecente-se o suficso -EIRO ao nome do fruto ou outra parte que utilizamos, quando tal palavra é masculina:  abacate + -eiro =  abacateiro. Quando o nome da parte da planta é feminino, empregue-se o suficso feminino -EIRA: fava + -eira  =  faveira. Assim, temos muitos vocábulos formados com ezatidão: cajazeiro (do cajá), milheiro (do milho), pitangueira (da pitanga), feijoeiro (do feijão), goiabeira (da goiaba), etc. Os dicionários, com freqüência, erram neste ponto, misturando o nome da parte da planta com o nome da planta. Assim, "milheiro" é a planta, e "milho", seu grão. Não digamos,  pois:  "Arranquei o feijão", mas "Arranquei os feijoeiros" (ou ainda: "Arranquei o feijoeiral"!). Depois dos feijoeiros arrancados é que retiramos seus grãos das vagens. Fiz uma longa lista baseada neste princípio.
      Araçá / araçazeiro, pepino / pepineiro, assaí / assaizeiro, cupuassu / cupuassuzeiro, serigüela / serigüeleira, assafrão / assafrãozeiro, etc. Basta raciocinar e treinar a regra. Em alguns casos, precisamos de olhar o dicionário para saber se alguma planta tem ou não uma parte utilizada pelo ser humano.

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