domingo, 16 de setembro de 2012

NEM TODOS DEVEM CASAR-SE

"CASAMENTO,s.m.( De "casar", v., do s. "casa", do latim Vulgar CASA = CHOUPANA).1. UNIÃO AFETIVO-SEXUAL OFICIAL ENTRE DUAS PESSOAS, MAIS COMUMENTE ENTRE PESSOAS de sexos opostos. . 2. Cerimônia ou festa nupcial. 3. A vivência consequente da referida união".
         Por motivos religiosos, principalmente, durante até pouco tempo (mais ou menos a segunda metade do século passado), considerava-se o casamento como se fosse um destino de todos, com eceção apenas dos monges, incluindo aqueles pertencentes às religiões orientais. e de pessoas portadoras de graves problemas sociais, físicos ou mentais. Assim, pois, vigorava a idéia de que mais cedo ou mais tarde todos teriam que casar-se.
     Em torno do casamento, diversas sociedades mantinham, e em parte ainda mantêm (1), diversas TRADIÇÕES E LEIS SEM FUNDAMENTO, SEM BASE LÓGICA OU DE CONVENIÊNCIA.
       O livro "Deuteronômio", um dos livros da Bíblia, por exemplo,contém diversas normas proibitivas a respeito do casamento, principalmente quanto ao aspecto sexual e da escolha da esposa, pois a mulher sempre foi a parte mais vulnerável, mais sentimental e mais complicada, e por isto, mais sujeita aos caprichos da sociedade e do varão.
       Um dos diversos erros deste universo de tradições ilógicas é aquele segundo o qual os pais escolhem com quem a moça deverá casar-se Ainda hoje, em algumas SOCIEDADES, ELA VÊ O ROSTO DE SEU PRETENDENTE SOMENTE NO DIA DO CASAMENTO!...
      Até o início do século 20, muitos conflitos ocorriam entre as quatro paredes do recinto familiar sem que ninguém soubesse, ficando a mulher coagida pela sociedade, influenciada pela religião, a calar-se, a agüentar tudo  em nome da "indissolubilidade do casamento", em nome do pudor e da própria honra... .
    Assim, muitos casamentos chegavam à idade avançada em completa frustração, com o varão mantendo a função procriadora e mantenedora; aparentemente, tudo estava bem...
    Aos poucos, com o avanço das Ciências Sociais e com os movimentos sexuais, a conscientização sobre a realidade  e sobre o senso de liberdade e de autonomia começou a desenvolver-se, de modo que hoje temos uma realidade bem diferente, pelo menos para muitas pessoas.Um destes movimentos foi o feminismo, surgido na década de 1.960. De Europa (cite-se Simone de BEAUVOIR, esposa do filósofo Jean-Paul Sartre), veio para nosso ambiente.
   O cerceamento mental promovido pelo Cristianismo começou a ser substituído pela abertura de visão, pelo poder individual de análise, conclusão e decisão sobre a própria vida. Neste ponto, os divórcios começaram a aumentar. Novas uniões foram tentadas com mais naturalidade e ao mesmo tempo com maior amadurecimento.
   Devido a tudo isto, a quantidade de  pessoas que preferem viver sós aumenta cada vez mais, independentemente da forma como mantê m(1) a vida afetivo-sexual. O "casamento experimental", recusado pela Igreja católica, é uma das alternativas. Outra alternativa é manter o compromisso individual com o parceiro (ou a parceira), mas em residências distintas. Tudo depende da maturidade, do espírito de democracia, aberto às novas realidades.
   O certo é que a pessoas não  tem obrigação de casar-se, porquê a vivência a dois, sob  o mesmo teto, com  dependência constante  entre ambos, é muito difícil, exige muita renúncia e às vezes até um verdadeiro aniquilamento da própria personalidade...

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