sexta-feira, 23 de novembro de 2012

A SIGNATURA PARCIAL 'RODRIGUES SILVA'

     O título original desta matéria foi "A IGNORÂNCIA ANTROPONÍMICA", mas resolvi mudá-lo porquê os exemplos quase todos foram referentes a minha signatura parcial, usada como nome profissional, nome literário: RODRIGUES SILVA.
     Como todos sabem, eu sou radialista, formado no ano 2.009.  Estagiei nas Rádios: Sociedade de Feira de Santana (O correto é: SANTA ANA), com Tanúrio Brito, e Rádio Subaé, com Antônio Sátiro e Válter Vieira, com muito orgulho! Atuo nesta cidade nas áreas literária, cultural e da Educação, faz muitos anos, e como tal já sou relativamente conhecido. Desde 1.977, utilizo esta signatura, escolhida depois de pensar bem, analisando o assunto à luz da Sistematização da Antroponímia.
      Tenho ouvido., desde muito tempo, várias manifestações de ignorância completa a respeito do assunto, isto é: dos motivos da  signatura parcial, sua importância, seu emprego, os critérios quê  a pessoa deve ter ao escolhê-la, etc.
     Um dos jornais nos quais eu colaborei por mais de trinta  anos, numa de suas matérias sobre minha pessoa, escreveu: "Prof. Rodrigo". Por várias vezes, seu editor fazia referência a mim como "o Prof. Silva". Ora, RODRIGUES SILVA é signatura parcial. O correto é o repórter citar o entrevistado pela primeira vez com a signatura, isto é: com o NOME CIVIL, quer dizer:: com a denominação antroponímica quê consta nos documentos pessoais, a partir do Registro de Nascimento. Nas vezes seguintes, existem apenas duas maneiras corretas: o nome civil ou a signatura parcial. Em alguns casos, admite-se o  APELIDO, conforme a conversa com o entrevistado ou o conhecimento anterior que o repórter tiver dele. Minha signatura é AGENOR RODRIGUES SILVA;  nunca me tratei apenas por SILVA. Assim, nenhuma outra pessoa está autorizada  a fazê~lo.
   Da signatura parcial, pode a pessoa estabelecer uma maneira mais abreviada de identificação, formando o NOME VOCATÓRIO, no caso, apenas RODRIGUES. Entre os critérios para a escolha da signatura parcial, consta o critério  fonético, isto é: a seqüência de sons, de fonemas. Assim, não escolhi AGENOR SILVA nem AGENOR RODRIGUES, até mesmo por questões familiares, quê também entram nos critérios. "RODRIGUES SILVA"  é uma signatura muito boa foneticamente: por isto, a escolhi..
    Outra pergunta primária é: "Rodrigues' é Nome ou sobrenome?".RODRIGUES é  o posnome (palavra adequada para "sobrenome")  patronímico de RODRIGO, Nome germânico, através do Latim. A esta pergunta, se associa outra, igualmente primária: "RODRIGUES ou RODRIGUEZ?" Ora,  RODRIGUEZ, ou melhor:  RODRÍGUEZ, É A FORMA E A GRAFIA ESPANHOLAS, NÃO BRASILESAS.Os
 POSNOMES PATRONÍMICOS ESPANHÓIS terminam sempre com -EZ, correspondente ao Português -ES, sendo a sílaba anterior tônica, e por isto, acentuada graficamente.
     E assim, nossa população sempre manifesta uma  completa ignorância no tocante às questões mais rudimentares da Antroponímia, como: "Por quê adotar o sobrenome, em vez do Nome, como faz a maioria?" O pior é quê nossos acadêmicos de Letras apresentam a mesma ignorância no assunto quê a população em geral. Na Academia de Letras e Artes de Feira de Santana e na Academia Feirense de Letras já apresentei a proposta de tornar obrigatório e sistemático o emprêgo da signatura parcial, mas até agora, nenhuma destas academias levou a  sério a proposta.
   

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