quarta-feira, 18 de setembro de 2013

A ORIGEM DE FEIRA DE SANTA ANA -- CONTINUAÇÃO

iGNORA-SE OMOTIVO DESTA SEGUNDA MUDANÇA. Pode-se presumir, entretanto, que, com o desenvolvimento da vila e do comércio, principalmente o vigário desejava que o povo participasse DOS ATOS RELIGIOSOS, despreocupados com as transações comerciais. No desfilar dos anos, a FEIRA LIVRE foi-se agigantando, graças á divulgação, boca a boca, através dos moradore dos municípios vizinhos e mais afastados. Todos motivados pela possibilidade de vender suas mercadorias e comprar na feira tudo para que o dinheiro desse e fosse necessário á subsistência familiar no correr da semana até a próxima feira. Este acontecimento se tornou tão importante, em termos comerciais, que em visita ao norte e nordeste do País, permaneceram aqui, por três dias, de 05 a 07 de novembro, Dom Pedro 2º e a Imperatriz Teresa-Cristina, em 1.859, conforme consta no título VISITA DO IMPERADOR A FEIRA, na obra que estou utilizando. A população da região de feira já existia desde o alvorecer do século 17 -- 1.619, 1,634 e 1.665, quando o desbravador JOÃO PEIXOTO VIEGAS adquiriu as terras do ditrito atual de Maria-Quitéria, na época SÃO JOSÉ DAS ITAPOROROCAS, Jacuípe e Água Fria. FEIRA DE SANTA ANA, no que tange á origem de seu povo, tem quase quatro séculos de existência, ao passo que a FAZENDA SANTANNA DOS OLHOS D'ÁGUA FOI COMPRADA PELO CASAL DOMINGOS e ANA no início do século 18. Logo após foi erigida a capela. São José das Itapororocas teria sido o início de tudo, conforme doutrina nosso pesquisador conterrâneo Monsenhor RENATO (DE ANDRADE) GALVÃO, ao escrever: "Ali nasceu e se expandiu o progresso de Feira de Santana, com o morgado de São José das Itapororocas. Tudo começou ali.(citação de OS POVOADORES DA REGIÃO DE FEIRA DE SANTANA, publicado na Revista SITIENTIBUS, de 1.982, página 30. Um documento antigo, intitulado PROVISÕES, ALVARÁS E SESMARIAS, volume 18, nos relata que o núcleo habitacional primitivo surgiu em 1.624, quando JOSÉ LÔBO MESQUITA dominava a região, seguido de JOÃO PEIXOTO VIEGAS,(3) esse em 10 de Abril de 1.665, povoou a região de São José, com gado, escravos e edificações, com um sobrado de cal e pedra e uma igreja. Por conta da falta dágua e da permeabilidade do solo (isto é: as águas pluviais caíam no solo e logo sumiam pela terra adentro). Além desta razão, acrescia a perseguição sofrida pelo povo com as investidas constantes dos indígenas da região: Tupis, Paiaiás e Tocós. Estes fatos motivaram o êxodo dos primeiros habitantes de São José das Itapororocas, à procura de outras plagas, como a Lagoa do Prato Raso,a Lagoa Rosa (?)(1) e as regiões de Mochila (2) e Jacuípe. Monsenhor HEITOR ARAÚJO,CHANCELER DA CÚRIA DIOCESANA DE FEIRA, SUBSCREVE ESTE DOCUMENTO QUE TRANSCREVO, "ipsis verbis": "Certifico que da folha 8 do livro de batizados da Freguesia de São José das Itapororocas, de 1.685 a 1.724, consta o assentamento do teor seguinte: 'Batizei na capela da Mochila e pus os santos óleos a Úrsula, filha de João Peixoto Viegas e sua mulher, aos 30 de maio de 1.689. Antônio Perez. E dou fé. Feira de Santana e Secretaria do Bispado.16 de Maio de 1.976.". Monsenhor Heitor Araújo subscreveu o documento. NOTAS: (1) No texto existe umproblema de revisão.consta; "(....)Raso Rosa".(2) Observe-se ue a grafia é MOCHILA, nome do objeto. Não existe justificativa para escrevermos MUCHIA, com referência ao bárrio desta cidade. (3)Em muitos livros, aparece erroneamente "VIEIRA'. FONTE; Prof. OSCAR-DAMIÃO DE ALMEIDA: "Dicionário Personativo, Histórico, Geográfico e Institucional de Feira de Santana", 3ª edição, 2.002, pg. 254 e 255 -- com muitas adaptações.

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