quinta-feira, 24 de abril de 2014

Linguagem e Onomástica – Nº 29


Por quê é necessário Sistematizar a Onomástica
          No último dia 27 de Março, publiquei, pela internete, o livro “Sistematização da Onomástica e Linguagem Racional – com a proposta da Grafia Fonêmica”. Este livro, em comemoração a meus 52 anos de estudo de Onomástica e 37 anos do lançamento de meu primeiro e mais importante livro – “ Sistematização da Antroponímia”, faz um alerta sobre a necessidade urgente de se cuidar da sistematização dos nomes próprios, associando-os normalmente aos nomes comuns. A proposta da grafia fonêmica é para solucionar definitivamente o grave problema da ortografia portuguesa, a qual, desde 1.911, passa por reformas, sendo que a atual é a pior de todas!...
          A questão da grafia é muito importante tanto para os nomes comuns quanto para os nomes próprios. O atual sistema ortográfico deixou os nomes próprios em situação muito pior que antes, porque, dos artigos sobre o assunto constantes nas instruções de 1.943, preservadas em 1.971, o único que ele preservou foi justamente aquele que  nunca deveria ter existido –  a grafia BAHIA!...
          Sempre tenho esplicado, inclusivamente citando outros autores, como o professor Osvaldo Requião, que a grafia dos nomes próprios, em qualquer Língua, segue os mesmos princípios daquela adotado nos nomes comuns. A idéia vigente em nossa sociedade de que “Não existem regras para os nomes próprios”, é totalmente absurda. O professor Osvaldo Requião, citando um grande gramático do inicio do século 20, disse: “Não existe meia reforma ortográfica, isto é: sem incluir os nomes próprios”. Isto porquê se quase todo nome próprio é um nome comum com função especializada, consequentemente, o nome é o mesmo! Aqueles nomes próprios derivados de um nome comum seguem, igualmente as mesmas regras vigentes na respectiva Língua, não somente quanto à grafia, mas também quanto à flexão, gênero, número, grau e formação das palavras.
          Além do aspecto de grafia, os nomes próprios devem ser sistematizados em vários outros aspectos, porque eles apresentam alguns tópicos próprios, como função (para os antropônimos), classificação (para todos eles), propriedade (principalmente para os antropônimos e para os topônimos), gênero (correspondendo ao sexo real) e métodos de escolher a signatura . Além disso, os nomes próprios, principalmente os antropônimos, estão sujeitos a leis, devido à importante questão da identificação pessoal e institucional.
          Nesta matéria, não posso esplanar todos esses aspectos, mas na próxima, a retomarei, com base em meu antigo texto “Liberdade Limitada na Escolha dos Nomes”.
 

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