segunda-feira, 27 de abril de 2015

ESPIRITUALIDADE E RELIGIÃO -- Nº 15

      A CANONICIDADE DOS LIVROS BÍBLICOS -- "Canonicidade", neste caso, é o atributo de estar determinado livro aceito oficialmente como "INSPIRADO", E POR ISTO FAZER PARTE EFETIVA DA BÍBLIA. EZISTIRAM,  DURANTE UM CERTO TEMPO,  DÚVIDAS SOBRE ALGUNS DELES, MAS FOI NO INÍCIO DO CRISTIANISMO QUE O ASSUNTO TOMOU MAIOR IMPORTÂNCIA, DIANTE DA NÃO-ACEITAÇÃO  DE DETERMINADOS LIVROS POR PARTE DOS JUDEUS. OS LIVROS SOBRE OS QUAIS NUNCA EZISTIU DÚVIDA SÃO CHAMADOS protocanõnicos, E OS OUTROS, deuterocanônicos.
     A partir de agora, sigo o testo do Diciona´ario Bíblico de JOHN MACKENZIE, o qual me parece muito adequado:
   * "(...) A tradução grega alexandrina, feita pelos Judeus nos séculos 3º e 2º a.C., abrange também 1º e 2º Macabeus, Tobi (sic), Judite, Eclesiástico, Sabedoria e Baruque, bem como partes agregadas a Daniel e a Ester. Ambas as coleções são de origem hebraica.(....) Eclo 44-50, "o elogio dos antepassados, 'escrito por volta de 180 .C., em Palestina, alude a todos os livros do cãnone, eceto  Daniel, Esdras e Ester (....) O historiador hebreu Flávio-Josefo, escrevendo em 93 d.C., dá testemunho de 22 livros sagrados e de inspiração divina, que podem ser facilmente identificados com o cânone hebraico; a`s vezes os livros eram considerados 22, ao invés de 24, pelo fato de que eram reunidos JZ / Rute e JR ./ Lm."
  A seguir, faz referência à `tradição segundo a qual  a lista definitiva fora definida por Esdras, ao voltar do exílio de Babilõnia, acrescentando que tal tradição é infundada. Sabe-se perfeitamente que Esdras não tinha autoridade para, isoladamente, tomar tal providência.
  ' Outra tradição  rabinica atribuiu a definição do cânone a um sínodo que teria acontecido no ano 100 d. C, em Jânia, em Palestina  (...) A ezistência de uma diferença entre o Cânone Hebraico e a LXX (Septuaginta) é mencionada por Orígenes (falecido em 254), que afirma o direito dos cristãos a usarem os livros deuterocanônicos , mesmo não  sendo eles aceitos pelos Judeus.
   Por isto é difícil esplicar como foi que alguns Padres (da Igreja) do século 4º retornaram ao cãnone hebraico, rejeitando esplicitamente os livros deuterocanônicos: Atanásio (falecido em 373), Cirilo de Jerusalém (falecido em 386), Hilário de Poitiers (366), Jerônimo (420), Rufino (410), e Gregório Nazianzeno (390). A origem dessa opinião pode-se encontrar em Jerônimo com seus estudos com os Judeus.
    "(...) na sessão de 08 de Abril de 1.546, no Concílio de Trento,  foi definida a aceitação dos livros sobre os quais ezistiram dúvidas". Observa-se que tais livros têem as mesmas características dos outros. Até mesmo os Livros dos Macabeus, parecidos com uma crônica de guerra, podem ser esplicados pelo contesto histórico-religioso dos Judeus. Durante todos os tempos, tais livros foram citados como livros da Bíblia. Um dos motivos da permanência
 do problema durante muito tempo foi o contato de Padres da Igreja com os Judeus. Assim. Martinho Lutero, estando com o propósito de reagir contra a Igreja Católica, na época, muito arbitrária, resolveu opor-lhe em mais um item: o cãnone bíblico.
   Como o espaço é limitado, vou encerrando, ressaltando que  as esplicações de John Mackenzie são  convincentes, muito lógicas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário