M A T É R I A  1

    O GOVERNO WAGNER AGIU ACERTADAMENTE QUANTO ÀS MUDANÇAS NO PLANSERV


        Apesar de tanto protesto e indignação verificados em relação ao projeto do Governo Wagner no tocante ao Planserv, aprovado ontem à noite, posso dizer que o governo baiano está corretíssimo. Acompanhei o assunto desde o ínicio, com vivo interesse.
       Parece que nosso povo, até mesmo aquele ligado ao PT e partidos côngeneres, perdeu a confiança em nosso governo. Observo, faz muito tempo, que existe uma tendência em nossa sociedade de reivindicar em demasia, esquecendo-se das diversas limitações do governo e da própria sociedade. No caso específico, não existe possibilidade de um plano de saúde funcionar 100%  bem. Por outro lado, as medidas restritivas (fator moderador) são necessárias e foram muito bem pensadas, com base nas estastisticas. Quanto ao argumento de quê não se pode retirar direitos adquiridos, não vejo fundamento, por dois motivos: primeiramente porque isto é relativo. Existem direitos que com o tempo podem ser perdidos devidos a novas realidades. Sabemos que a vida é dinâmica, as situações mudam constantemente. Vivemos numa sociedade muito complexa, porque existe uma diversidade muito grande de pensamentos e atitudes.
       Sabemos que existem pessoas sem nenhuma consciência, sem nenhum preparo para a vida. Por isto, abusam constantemente de seus direitos. Um exemplo, no caso do Planserv:  Algumas pessoas fazem o mesmo exame várias vezes num período relativamente curto. Ora, existe muito despreparo em relação à saúde. Os médicos atendem ao cliente, dão-lhes orientações, mas eles continuam agindo erroneamente e por isto  voltam sempre  com o mesmo problema.
       Os políticos de oposição fizeram muito alvoroço, classificaram o Governo Wagner como traidor e inimigo do povo. Ora, simplesmente porque não concordamos com um projeto, podemos tomar uma atitude desta com um governo que sempre agiu corretamente, no qual sempre confiamos? É muito comum ouvir-se dizer que todo político é igual, que um político, quando está na oposição, é uma coisa; e quando está no poder é outra coisa. O que acontece é o seguinte: Quando a pessoa assume um cargo é que realmente vê com toda a clareza a situação concreta de cada assunto, o "hic et nunc"-- como diziam os romanos. Podemos ter idéias exatissímas de um assunto, divulgá-las, reivindicá-las,  no entanto, não podermos concretizá-las no momento oportuno por falta de condições. Muitas dessas limitações são financeiras, e muitas pertencem a outros setores. Quanto à parte financeira, as pessoas costumam dizer "existe dinheiro para tudo, basta querer! Tira-se de onde existe muito dinheiro e coloca-se no que falta"
     O problema não é simples assim, porque as verbas são programadas por assunto. Se o governo destina, por exemplo, 4 milhões de reais para uma construção, essa verba não poderá ser utilizada, em hipótese alguma, em outro setor, nem mesmo da mesma secretaria.
    Ouvi quatro deputados falando sobre o referido projeto: Deputado José Neto , um seu colega e dois deputados da oposição. Todas as objeções ao projeto foram devidamente explicadas. Nâo existe nenhum fundamento a conversa de que o PT "empurrou" um projeto contra o povo, às pressas, sem existir tempo suficiente para que o projeto fosse discutido. O projeto começou a ser pensado há muito tempo, com participação de várias entidades, e sofreu muitas mudanças. Outro argumento que não é válido é o de quê não se pode retirar direitos adquiridos. Em primeiro lugar , isto é relativo, porque as circunstâncias mudam, a sociedade é cada vez mais competitiva e complicada. Uma coisa que era facilmente conseguida na década de 1970, por exemplo, atualmente pode não ser tão fácil. Em segundo lugar, o fator moderador foi aplicado com base em estatistica e com número-limite muito além da média. Assim, praticamente ninguém será prejudicado em nada com este fator, e ele foi necessário por causa dos abusos, conforme já citei. Observa-se por exemplo, que até mesmo no processo de identificação digital aconteceu pessoas agirem de maneira indevida.
     Concluo afirmando que esta mudança veio na hora certa e para melhorar o Planserv, e não para piorá-lo. Nosso povo precisa de confiar no governo do PT.