sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Série NO MUNDO DAS PALAVRAS

    Nº 4.900: XIBOLETE (é), s.m. Datação: Em 1.970, por ezemplo, Caldas Aulete (ê), registrou-o com a grafia "Xibolet", registrando o étimo hebraico "Shiboleth". Ele afirma tratar-se de aportuguesamento, mas em Português, palavras não terminam com -ET. O "Novo Dicionário Melhoramentos", de 1.971 (7ª edição), registra "Xibolet", com o étimo "Shibolet". Quanto a -T ou a -TH, o Hebraico tinha uma regra para isto. Prefiro, neste ponto, confiar em Cláudio Moreno, em O PRAZER DAS PALAVRAS, volume 2 (L&PM POCKET, 2.008), o qual  registra a forma vernácula (verdadeira, correta) "XIBOLETE", com o étimo "Shibboleth".
    Área Semãntica: 1) Botãnica. 2. Geografia Física.
    Morfologia: Tetrassílabo parocsítono. 08 letras. 08 Fonemas.
Observação: A rigor, eu fico com uma dúvida:  Em Português, a terminação masculina é /êti/, não /éti/.Cláudio Moreno diz ter preferência ás formas "Xibolé" e "Xibolê". Assim, persiste a dúvida: O E é aberto ou fechado?? Por enquanto, não posso retirar a dúvida. Preciso de pesquisas para isto.
    ETIMOLOGIA: Vede-a em "Datação". Quanto á significação, são duas: "espiga" (de grãos) e "rio" (= corrente de água").
.   ENCICLOPEDIA (í): Conforme Cláudio Moreno (op.cit.), "por mais perfeita que seja nossa pronunciação de um idioma alheio, sempre ezistirá um fonema quê trairá o fato de quê somos estrangeiros; é aquilo quê se chama, lingüisticamente, 'xibolete' -- uma peculiaridade de pronunciação quê atesta se fazemos parte (ou não) de uma determinada Língua". (com adaptação).
     Tal vocábulo se encontra em Juízes 12:1-15. Foi usada propositadamente para distinguir duas tribos semitas: os GUILEADITAS (Errado: "Gileadiatas") e os EFRAIMITAS, os quais travaram uma grande batalha. Os GUILEADITAS, VENCEDORES, BLOQUEARAM AS PASSAGENS DO RIO JORDÃO, para evitar que os Efraimitas sobreviventes pudessem escapar.  Os sentinelas ezigiam que todo transeunte pronunciasse "SHIBBOLETH". Como os Efraimitas não possuíam o fonema /sh/ (S palatal)  em seu dialeto, pronunciavam /sibolet/, sendo assim reconhecidos e matados.
    Observa-se, por ezemplo, quê os Alemãos (sic) não conseguem pronunciar direito nosso RÊ brando .Assim, pronunciam /pikaReta/, ao invés de /pikarêta/!! Também boa parte dos estrangeiros não acerta pronunciar nosso característico ditongo nasal -ÃO (/ãu/. Eles sempre pronunciam o A aberto, não nasal, como nós o fazemos.
     Cláudio Moreno registra muitas minúcias sobre o assunto, mas como tenho outros verbetes a registrar, contento-me com os dados acima.
   Nº 4.912: PERU, sm. Datação: Vede o "Dicionário Etimológico  Nova Fronteira", de Antônio-Geraldo Cunha.
Área Semãntica: Zoologia.
Morfologia:  Dissílabo ocsítono. 04 letras. 04 Fonemas
    ETIMOLOGIA: Segundo o Prof. Dionísio (Na Fonte: "Deonísio") da Silva (em "A Vida Íntima das Palavras", 2.002), vem provavelmente do dialeto hindustani "peru, nome de ave (sic). Designa também Língua falada na América do Sul, tendo dado nome ao país. O vocábulo é de origem controversa"
         ENCICLOPEDIA (í): Continua Dionísio da Silva: ".Também é discutível a procedência da ave, quê pode ter vindo de Ásia para México e dali para outros países americanos; O peru, semelhante ao pavão em sua vaidade, não é ave de rapina. Como reza a tradição, morre na véspera. No jôgo do bicho, está no grupo 8, cobrindo as dezenas 77, 78, 79 e 80". (com adaptação., como sempre).
    A pergunta da maioria é se o nome do país formou o nome da ave ou vice-versa. Nem uma coisa nem outra.
    Cláudio Moreno (op. cit.) faz uma boa reportagem sobre o PERU, mas me limito ás informações básicas.
  (com adaptação, como sempre)

Nenhum comentário:

Postar um comentário