COM MUITO CARINHO, DIRIGI-ME A UM ADOLESCENTE DE 19 ANOS, PARA CONVERSAR SOBRE SEXUALIDADE, POR SUGESTÃO DE UM GRANDE AMIGO SEU. FIQUEI PERPLEXO LOGO NO INÍCIO DA CONVERSA, AO OUVIR A SEGUINTE AFIRMAÇÃO, COM AR DE DESÂNIMO, DE DECEPÇÃO:
"Atualmente, sexo, para mim, é como se não existisse". Não gravei bem as palavras quê ele empregou, mas a significação foi esta. Logo, triste, mas firme a dissuadi-lo desta idéia absurda, ilógica, catastrófica, comecei a argumentar o contrário, mostrando-lhe quê não é fugindo dos problemas quê nós os resolvemos, mas enfrentando-os. Em seguida, passei ao outro aspecto: Tal atitude é uma anulação da própria personalidade, é uma assexualização do ser humano, fato quê é totalmente inconveniente e absurdo... Ele disse quê partiu do princípio de quê nem todos nasceram para se casar e constituir família, fato quê nada tem a ver com o caso. A questão da sublimação da energia sexual, isto é: da LIBIDO, é um fato raro, aplicável a alguns predestinados a missões especiais, os quais já superaram a fase da necessidade do emprego da sexualidade. Repito: Estes casos são raros, inclusivamente é bom ressaltar quê a maioria dos sacerdotes católicos não a possui, porquê, neste caso, o celibato é obrigatório, e nem todos estão espiritualmente neste patamar.
Comecei, então, a investigar seus antecedentes na vida sexual: primeiramente, a separação dos pais, quando ele tinha sete anos. Disse ele quê, na época, entrou em depressão, fato, para mim, um tanto estranho, considerando a idade. Creio que, nesta idade, a criança teria outros tipos de desajuste de comportamento.Se estou enganado, um especialista me corrija. Falei-lhe quê um erro dos pais ao se separarem é não preparar os filhos para este momento difícil. A seguir, ele afirmou que se criou na Igreja das Testemunhas de JAVÉ, e por isto, ao se descobrir homófilo, sentiu-se arrasado. Passei a falar-lhe, então, sobre os grandes malefícios quê as religiões tradicionais fazem à Humanidade neste assunto,e quê nós temos é quê nos preparar para argumentar o contrário, enfrentando a "realidade nua e crua", fazendo-nos visíveis, presentes, coerentes, e espontâneos, responsáveis!...
Depois, o último aspecto, certamente aquele quê o levou á desastrada decisão: Naquela cidade, é comum as pessoas praticarem sexo com alguém na condição dele sem o mínimo compromisso com afetividade, relacionamento, de modo que, depois, ao vê-lo na rua, faz quê não o conhece...Disse ele, tristemente: NÃO QUERO APENAS SEXO, quero também amizade, afeto, compromisso íntimo!"..
NESTE PONTO DA CONVERSA, EU LHE DISSE: "NESTE ASPECTO,TU ESTÁS CORRETÍSSIMO!!..." MAS O PROBLEMA, COMO AFIRMEI, NÃO É RENUNCIAR A PRÓPRIA SEXUALIDADE, MAS PROCURAR UMA PESSOA QUE A ENCARE DE MANEIRA CORRETA, PRINCIPALMENTE DE CIDADES MAIS EVOLUÍDAS QUE JACOBINA NESTA ÁREA. Continuei a argumentar. Pareceu-me quê ele estava propenso a rever a ´própria atitude.
Depois de nossa conversa, logo lhe telefonei, apresentando um novo argumento para ele refazer sua vida em outra cidade, com alguém, como uma pessoa quê que eu conheço, inicialmente. Continuava ele com a mesma atitude gentil em relação a mim..No outro dia, voltei a telefonar-lhe, sempre com a mesma impressão. Posso estar enganado, porque ás vezes as pessoas são muito delicadas, fazendo-nos pensar que estão dispostas a rever suas atitudes, quando na realidade apenas querem ser muito gentis conosco, ouvindo-nos carinhosamente..Como, porém ele sempre continuou a ouvir-me com muita atenção, tenho a esperança de que, mais cedo ou mais tarde, ele se convença da realidade.
ESTE FATO É UM EXEMPLO MÁXIMO DA GRAVIDADE DOS CONFLITOS AFETIVO-SEXUAIS QUE OCORREM EM NOSSA SOCIEDADE. Eu lhe disse quê
por problemas como este, pessoas se teem matado, teem entrado em depressão, mas que atualmente não se admite mais isto, porque a ESPIRITUALIDADE PROVIDENCIOU A CONSCIENTIZAÇÃO DA HUMANIDADE TAMBÉM NESTA ÁREA.
Observação: Pela Linguagem Racional, grafo "têm" com dois ES e til no primeiro E, mas para facilitar o trabalho, estou usando sem o til.
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