Conheci, faz cerca de 05 anos, um garoto de 15 ou 16 ANOS, de porte franzino, miúdo, frágil: "um pingo de gente"-- numa expressão carinhosa. Foi-me ele apresentado como um garoto quê gosta de fazer poesias, e estava na FOLHA DO NORTE para publicar uma de suas primeiras composições poéticas, solicitando este obséquio ao editor do jornal -- ZADIR MARQUES PORTO, depois de apresentá-la a ele, para ler. Lendo sua composição, cheguei à conclusão de quê ali estava um poeta iniciante, um garoto quê, com sua máxima simplicidade e escolaridade deficiente, como é habitual na época moderna, tinha o germe poético em suas veias. ISTO ERA O ESSENCIAL PARA EU LHE DAR APOIO. Nos meses seguintes, fui visitá-lo, em sua modesta habitação, no bárrio (sic) dos Capuchinhos. Conheci sua mãe, na época um pouco doente. Fiquei sabendo de dificuldades familiares e outras ´particularidades do ambiente.
Ultimamente, passei um bom tempo sem vê-lo, mas sempre me lembrava dele, inclusivamente devido a seu NOME característico: ERLAN MARCOS. Observo quê a grafia correta é ERLÃ, pois se trata de um NOME arbitrário, devendo, assim, submeter-se às regras gráficas da Língua Portuguesa.. Ele não publica seu nome de família, isto é: o conjunto de seus posnomes, fato quê é ERRÕNEO, Mas em breve terei oportunidade de falar-lhe este tópico da Antroponímia.
Faz cerca de 01 mês que li no jornal FOLHA DO NORTE o anúncio do lançamento de seu primeiro cedê de poesias: "O EU AMADO", agendado para o dia 1º de dezembro. Logo depois, encontrei-o na Praça da Alimentação, num sábado à noite. Ele me entregou o convite. Eu prometi estar presente, afirmando quê faria questão de prestigiar o evento.
Ontem estava eu lá. Por coincidência, as pessoas da Academia de Letras e ligadas ao jornal FOLHA DO NORTE não compareceram. Assim, com a ausência de tais pessoas, inclusivamente do apresentador do cedê, DR.MILTON BRITO, incompreendida pelo novel poeta (fato normal, devido à imaturidade) fui logo convidado a falar, abrir o evento. Estava até um pouco despreparado fisicamente. Não esperava ter que falar em público. Mas, o essencial, quê estava na cabeça, e daí ninguém retiraria, se encontrava, como sempre, em dia.
Como costuma ocorrer em tais situações, o público foi limitado; a maioria das pessoas presentes era composta por parentes seus. O cantor da noite foi ótimo: boas letras e boas melodias. O lançamento encerrou-se cerca de 21 horas. O jovem poeta me agradeceu imensamente, mais uma vez. Afirmei-lhe quê estava apenas cumprindo meu dever de incentivar as pessoas jovens, de modo especial aquelas ligadas às Letras.
Hoje pela manhã resolvi logo ouvir o cedê. Convenci-me logo de quê os elogios feitos ao poeta estreante não são apenas formais, para agradar, como é habitual acontecer. Realmente, com seu vocabulário simples, às vezes quase familiar, o jovem poeta, de 20 anos apenas, apresenta alguns conceitos filosóficos, alguns deles aproximados do Espiritismo, salvo engano. Obviamente, nas audições seguintes, farei uma análise mais aprofundada, mas, de início, tive uma impressão muito otimista quanto ao futuro de nosso franzino e simpático poeta feirense estrante ERLAN MARCOS. Sua mãe me disse seu nome de família, inclusivamente quê ocorreu uma retificação no Registro Civil, devido ao fato de a paternidade ter sido assumida recentemente. No entanto, não fixei sua signatura, porquê eu estava sem uma caneta -- fato raro em minha vida, em tais momentos.
Finalizando, reafirmo: O JOVEM POETA ERLAN MARCOS DEVE SER APOIADO POR NOSSA SOCIEDADE. ELE É REALMENTE UM POETA. RESTA-LHE AGORA APENAS APERFEIÇOAR-SE, BURILAR-SE, INCLUSIVAMENTE NA NOSSA "BELA E SONORA LÍNGUA PORTUGUESA" .
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