quinta-feira, 14 de julho de 2011

                                                          Matéria 1
      "PARA BENEFICIAR CRIMINOSOS"
      
       Na semana passada, incluí uma NOTA VERMELHA  à matéria "Para Beneficiar Criminosos", publicada no jornal A Tarde, do dia 1° do corrente, do leitor Fernando Costa, de Aracaju -- Serjipe. A lei citada, quê entrou em vigor na última segunda-feira, impede a prisão preventiva e amplia os casos de penalidades alternativas. O leitor diz, por exemplo:
       -- "Será que, com essa medida, não estão querendo preservar os próprios politicos, constantemente envolvidos em ações criminosas, dessas constrangedoras prisões preventivas?"
       O leitor, apesar de citar alguns dos motivos para quê se reduzam as prisões,  demonstra uma visão imperfeita do assunto ao colocar os políticos em evidência. Vamos relembrar alguns dos problemas do Sistema Carcerário Brasilês:
       * A superlotação dos presídios é um problema muito conhecido. Neles os presidiários são amontoados em celas sem as mínimas condições de higiene, e faltam-lhes muitas vezes condições mínimas de saúde física e mental.
      * Faltam à Justiça Brasilesa juizes suficientes para atualizar os processos.
      * Faltam também funcionários preparados para auxilià-los nesta função e em número suficiente
      * Os presídios, faz muito tempo, são "verdadeira fábrica de marginais". Partindo-se do princípio de quê o carceramento não é um castigo, mas um meio de evitar novas ofensas à comunidade, poder-se-ia incentivar a construção de novos presídios. No entanto, além de tais construções serem muito caras, não resolvem o problema, porquê existem muitos outros fatores além da falta de presídios.
      * A manutenção mensal  de um presidiário é muito cara. Se se pensasse em implantar cursos profissionalizantes nos presídios, enfrentaríamos os seguintes problemas: a necessidade de grandes recursos finaceiros, aliada à necessidade constante de mudar os cursos, devido a saturação de profissionais no  mercado de trabalho. Ademais, o nível cultural dos presidiários quase sempre é muito baixo, constituindo-se numa dificuldade para o funcionamento dos cursos.
       Diante, pois, desta realidade, quanto menos se evitar prisões, melhor. Se a prisão recuperasse o infrator, valeria a pena fazermos sacríficios para aumentar o número de presidios e de funcionários e juízes, mas, como vimos, é o contrário quê acontece. É necessário ainda lembrar quê as penalidades alternativas funcionam como um fator de educação, recuperando pelo menos em parte o prejuízo causado, e conscientizando o infrator sobre a necessidade de agir coretamente.
      Ontem, num debate na TVE, vários profissionais da área deixaram claro quê esta lei é apenas uma ratificação do quê já vem acontecendo desde alguns anos.
      Muita gente se esquece de quê boa parte dos infratores chega a este ponto devido à omissão da própria sociedade, ou até a suas atitudes irresponsáveis, discriminatórias ou contra a caridade.

                                                               Matéria 2
MAIOR EXIGÊNCIA QUANTO À REDAÇÃO NO   EXAME VESTIBULAR
      Faz alguns dias quê foi publicada uma matéria quanto a uma maior exigência na avaliação da redação nos exames vestibulares. A matéria dizia, por exemplo:
      -- "Os profissionais de nível universitário necessitam de habilidade na interpretação de textos, sua reconstrução (ampliação, redução ou adaptação da Linguagem), como também na arte de escrever. Atualmente a maioria dos jovens quê chegam à universidade não adquirem essa habilidade; como acham quê estão preparados no assunto pelo fato de terem sido aprovados no exame  vestibular, não retomam este trabalho de capacitação, e assim demonstram o despreparo na hora em quê necessitam de tais habilidades"
       Quando um(a) jovem me procura para aula de redação, eu costumo dizer: 
       "Eu aviso logo quê não me submeto às mesquinhas regras de redação para o exame vestibular; eu ensino Redação para a vida, para situações diversas; não apenas para aquele momento do exame vestibular".
        A redação é fruto de uma lista de habilidades na área intelectual: hábito de leitura diversificada, bom domínio do Idioma, em seus vários aspectos, hábito de pesquisar, capacidade de deduzir, sintetizar, ampliar, adaptar e concluir. O pesquisador deve estar preparado para utilizar fontes diversas, desde uma conversa na praia até um seminário de alto nível. Livros, jornais, revistas, folhetos, reportagem de rádio e longevisão,  filmes, músicas, programas diversos de rádio e longevisão... tudo isto pode fazer parte das fontes de uma pesquisa. 
         Concluindo, realmente a universidade tem razão em aumentar a exigência na avaliação das redações no exame vestibular. Afinal, Brasil está cheio de péssimos escritores, péssimos usuários da Linguagem, colunistas de jornais e de rádio sem a mínima capacidade no emprego de nosso Idioma!

Matéria 3
                                       PENSAMENTOS DE AUTORES DIVERSOS
    *** "O livro é nosso melhor mestre, pois ele nos ensina sem acrimônia e sem adulação" (Marília Reis.)
    *** "Ser não é tão opcional como querem por aí.A maioria esmagadora dos brasileiros (1)  não tem possibilidade de escolher seu próprio destino" (Dinorá do Vale, em "Dias Verdes" -- Editora Scipione, 1989),
   (1) Diga-se " brasileses"
  *** "No centro das grandes cidades, estamos em pleno século 20. Na periferia, no entanto, a marcha à ré é de 100 anos. Em muitos lugares, encontrei um Brasil claramente colonial (....) no modo de viver e de pensar das pessoas, no analfabetismo feroz, na falta de participação na vida nacional. Não basta ter uma televisão (2) na sala para pertencer ao século 20" (idem: ibidem)
  (2) "Televisão" é diferente de "televisor". No caso, trata-se de televisor, o aparelho que capta a televisão
 *** "Nenhum erro é verdadeiramente um erro quando extraímos dele uma lição" (John Powell)
  *** "Amar outro ser humano é talvez a tarefa mais díficil que a  nós foi confiada, a tarefa definitiva, a prova e o teste final, a obra para a qual todas outras não passam de uma preparação" (Rainer  Maria Rilker)

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