terça-feira, 16 de agosto de 2011

M A T É R I A 1
                                          O   S Á B I O
      Arquimedes Carneiro (de Oliveira)

      1) O sábio nada possui: Ele procura SER ao invés de TER. Ele não é dono de coisas: procura         desligar-se da idéia de posse
      2) O sábio não acredita em sorte nem em azar: Ele se preocupa  com a dedicação total a sua obra
      3) O sábio não teme a morte: Ele prefere pensar na vida, pois VIVER É PRECISO. Em qualquer momento, pode-se morrer, mas a vida continua. A morte é um fenômeno natural que apenas engata os elos da corrente da vida
     4) O sábio não tem religião (1). A Religião é que precisa dos sábios: O sábio sabe que existem religiões e que existe A RELIGIÃO.
     5) As pessoas violentas, ainda comprometidas com a vida material e com as coisas, precisam das religiões, enquanto que o sábio, o qual já passou por todas elas, (2) é um espírito livre, independente
     6) Enfim, o sábio é aquele que não tem passado nem sonha com o futuro. Ele apenas PROCURA SER, ser ele mesmo, ser autêntico. Ele procura viver intensamente cada momento. Ele aprendeu quê é um ser passível de auto-realização e que precisa viver na luz que existe dentro dele, jamais deixar que seu ego apague o brilho dessa luz.   
    (Com adaptação de Rodrigues Silva).
   NOTAS:
   (!1) O Espiritismo não é realmente uma religião; é uma filosofia religiosa, uma junção de Religião,Ciência e Fé. Justamente por isto é que o Espiritismo está acima de qualquer religião. Ele explica os mais diversos problemas da vida, para os quais a Ciência até agora nunca encontrou explicação. 
   (2) Muitas pessoas precisam das religiões para adentrar o mundo espiritual. Quanto mais baixo o nível do espírito, mais a alma (espirito encarnado) necessita de uma Religião. Através dela ele começa a pensar na vida além-túmulo, ele começa a enobrecer sua vida. As pessoas ligadas ao submundo da criminalidade e de vícios muito acentuados precisam de religiões muito primárias para iniciar sua evolução.


  M A T É R I A  2

       C O MO TORNAR-SE UM PESQUISADOR OU  UM PENSADOR
      Redação inicial: janeiro de 2006
      O pesquisador e o pensador costumam ser autores de livros técnicos, profissionais, didáticos (sobretudo de nível universitário), científicos, de auto-ajuda e de formaçao da personalidade. Estes tipos de escritores são muito importantes para a formação individual e profissional. 
      Nesta oportunidade, é conveniente lembrar uma deficiência nas campanhas de valorizaçao da leitura e dos escritores: Elas colocam em destaque os livros de ficção, os quais não são absolutamente, os mais importantes.
     Para tornar-se um pesquisador ou um pensador a pessoa deve adotar uma série de técnicas e princípios próprios, caracteristicas de  um cientista, como:
    1- Ler assuntos dos mais diversos e da(s) própria(s) especialidade(s) sem esquecer uma boa base na Língua materna. Afinal, ninguém se comunica bem verbalmente sem se preparar para isto. Ela deve utilizar no mínimo duas gramáticas e dois dicionários de porte médio ou grande, pois todo dicionário complementa, ratifica e/ou retifica os demais. Não existe dicionário completo de uma Língua
   2- Ler jornais e revistas e ouvir programas noticiosos, reportagens e programas formativos.
   3- Ouvir constantemente os especialistas de cada assunto, comparando-os entre si e com aqueles de especialidades correlatas ou opostas
   4- Observar aquilo quê ocorre na vida, no dia-a-dia,com as pessoas e com as instituições, refletindo sobre os fatos
   5´- Analisar os prós e os contras de cada fato, de cada comportamento, de cada mudança na sociedade, com mente aberta para as mudanças. Retificar os conceitos quando se convencer de quê isto é necessário. Diz uma máxima latina: "Sapientis est mutare consilium" (mudar de opinião é próprio dos sábios)
  6- Analisar os fatos, as idéias e as coisas racionalmente, sem sentimentalismo, convencionalismo ou preconceitos. As tradições somente devem ser conservadas se, além de boas em si, não prejudicarem coisas mais importantes. "Considera antes de tudo a essência, não a aparência" -- é  o Princípio do Racionalismo
 7- Ser otimista sem deixar de ser realista. Trata-se de um realismo construtor, idealista, o qual "embora se baseie naquilo que é, lute por aquilo que deve ser"
 8- Destacar sempre os aspectos práticos (pragmáticos) da especialidade embora estes aspectos possam ser de diversos tipos: material, artístico, síquico,  lúdico, humorístico, intelectual e espiritual. Não costumo empregar a palavra religioso, preferindo a ela o vocábulo "espiritual", porquê as religiões envolvem muitas polêmicas, dúvidas, sectarismo e doutrinas sem fundamento
9- Lembrar sempre que seu produto intelectual poderá ser lido não apenas pelos especialistas e interessados naquela área, mas também por ´pessoas pouco interessadas nele ou até opositores, que o lerão com objetivo oposto: de conhecê-lo para combatê-lo, para atuar em sentido contrário. Assim, tudo
deve ser analisado com esmero, com fundamentação, redigido de maneira clara e convincente  
10- Para o pesquisador ou especialista de um assunto, toda obra (livro, revista, jornal, boletim, cedê, álbum, filme, longenovela)     tem sua importancia. Até mesmo um livro de outros assuntos,às vezes contém um dado importante sobre nossa especialidade. Disse Santo Tomás de Aquino: "Tímeo hóminem uníus libri" (Receio o homem de um único livro). Eu o adapto: "Imperfectus sápiens uníus libri" (Falho é  o sábio de um só livro).
11- Manter uma biblioteca especializada na área e assuntos correlatos, sem esquecer livros de assuntos diversos, como enciclopédias e dicionários de curiosidades, de bibliografias e de pensamentos sobre vários assuntos.
12- Providenciar um fichário ou classificador com anotações diversas sobre o assunto, como: autores de livros, artigos, crônicas, novidades sobre a matéria etc. Atualmente o computador facilita muito este trabalho                    
13- Ter sempre em mente que a verdade deve ter primazia, embora existam casos nos quais ela deve ser omitida ou até mesmo negada -- quando sua divulgação possa prejudicar pessoas e entidades, inclusivamente  o próprio autor ou entidade que escreve. Negue-se a verdade também a quem não está preparado para ouvi-la
14   Na poesia, não existe justificativa para muita diferença, pois o poeta também deve preocupar-se em edificar, instruir,divertir de maneira conveniente, com boa linguagem.
 Quanto a este particular: As licenças poéticas abrangem apenas uma pequena porcentagem da linguagem. A pontuação apenas pode ser resumida, mas nunca supressa, porque ela é importantissíma para uma boa leitura e uma imediata interpretação do texto. O emprego das iniciais maiúsculas deve seguir a regra geral da escrita
(Matéria publicada no Jornal Folha do Norte de 27 de janeiro de 2006, página 5) 

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