quarta-feira, 15 de junho de 2011

É NECESSÁRIO SISTEMATIZAR OS NOMES PRÓPRIOS

                                                            Solicitação
     Solicito mais uma vez aos especialistas e às pessoas que têm experiência neste meio de comunicação eletrônica quê me enviem  sugestões para ornamentação e para matérias. Aceito perguntas sobre quaisquer umas de minhas especialidades.
                                                *     *     *      *
CURIOSIDADE ANTROPONÍMICA
Senhora Arquimedes Carneiro
       Tive a surpresa no ano passado de ficar sabendo quê meu irmão Arquimedes Carneiro de Oliveira, ao encaminhar a aposentadoria, encontrou a primeira dificuldade: descobriram quê em seu registro de nascimento constava: "Sexo: feminino". Depois de muito quebra-cabeça, porquê ele foi registrado num distrito do município de Mundo Novo, neste Estado, e fazia muito tempo quê ele morava na capital paulista, a solução para o problema foi a seguinte: ir ao urologista para solucionar o problema. Ele perguntou ao advogado se realmente essa solução seria oportuna.O advogado confirmou.
     Chegando ao urologista, com posse de papéis encaminhados pelo Poder competente, o urologista lhe solicitou que ele ficasse despido rapidamente. Em seguida pegou um formulário e preencheu mais ou menos com os seguintes termos:" Certifico quê meu cliente, Arquimedes Carneiro de Oliveira, é do sexo masculino. O exame foi realizado tendo em vista a afirmação em contrário de sua certidão de nascimento, e o documento de solicitação para este exame me foi encaminhado pelo Sr. Juiz Fulano de Tal, a pedido do interessado". Assinou e datou o documento.
    Este fato, meus companheiros, comprova uma grande verdade pela qual venho lutando faz muitos anos: É NECESSÁRIO COM URGÊNCIA SISTEMATIZAR A ANTROPONÍMIA, JUNTAMENTE COM A ONOMÁSTICA.  Essa sistematizaçao inclui tudo quanto se refere aos nomes próprios.
    No caso específico, por exemplo, entram dois itens: a definição exata, sem exceção, do gênero de cada nome individual, obrigatoriamente constante num livro (ou um impresso semelhante) quê traria mais ou menos o nome :LISTA ONOMÁSTICA PERMITIDA, como existe atualmente em Portugal.
    Qualquer nome individual e qualquer posnome trazido pelos pais do registrando somente seriam aceitos se constassem naquela lista. Com o tempo, os especialistas, identificando novos antropônimos que passassem pela "prova dos nove" seriam incluídos numa nova edição da lista. Somente a partir de então seriam aceitos.
     Essa "prova dos nove" incluiria itens como: significação, formação correta, grafia apropriada e adeqüaçao à função da Antroponímia (nome individual, posnome, apelido, cognome ou nome artístico).
     O outro item é: incluir na lei a correção rápida, sem burocracia, sem dificuldade, de qualquer engano no Registro Civil de nascimento. Para isto, geralmente não seria necessária a consulta ao juiz; bastaria a comprovação do fato ao próprio oficial do Registro Civil. Este enviaria a averbação ao juiz, acompanhada dos documentos que comprovassem a necessidade da correção.
     Finalmente, nesta matéria, conclamo os professores de Língua Portuguesa e de Línguas Estrangeiras, principalmente aqueles quê lecionam nas universidades, os advogados, juízes e promotores, além de gramáticos e filólogos quê se unam aos onomásticos competentes para promoverem o ínicio de uma conscientização de nossa sociedade a respeito do assunto. A situação de Brasil, neste particular, é simplesmente vergonhosa. Coisas inacreditáveis acontecem diariamente, e ninguém vê, ou quando vê, não comenta, acha quê é normal.
     Muita gente, por exemplo, não sabe quê nome individual tem significação, cria nomes arbitrários para seus filhos; escreve-os de maneira muito mais arbitrária, e cria nomes totalmente inadeqüados para cidades e para instituições.
     Existem muitos literatos, por exemplo, quê escolhem Nomes de maneira totalmente errôneas para seus filhos e não aceitam de  modo algum quê se lhes faça restrições. Um deles, por exemplo, me disse: "Já temos leis demais  para restringir nossa liberdade; pelo menos para denominar nossos filhos temos plena liberdade".
     Eu lhe respondi:
-- "Pois aí é quê está teu engano; tudo aquilo quê é entregue a todos necessita de ordem para não se transformar em desordem"
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      Na próxima postagem, incluirei o segundo texto da série "Fala e Escreve Corretamente".   

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