terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

FATOS DO DIA


Siglas
          Tenho dito em muitas ocasiões que Brasil é o país que mais usa abreviaturas; no entanto é onde menos se sabe abreviar; um destes aspectos é o emprego das siglas. A primeira observação que apresento é que o ideal é que as siglas sejam formadas apenas por seqüências fonéticas que possam ser lidas como palavras da Língua Portuguesa. A maioria das pessoas (para não dizer a totalidade) não tem a mínima idéia deste conceito. Como consequência, encontram-se siglas de aspecto totalmente estrangeiro, sendo que este aspecto do assunto não é enfocado em nenhuma gramática. Isto é simplesmente LAMENTÁVEL.
         Siglas como UEFS, CEFS, SAC, ALAFS etc, não podem ser pronunciadas como palavras portuguesas. A LÍNGUA PORTUGUESA É ESSENCIALMENTE FONÉTICA; consequentemente, FS e um C final não pertencem a nossa Fonética. Por isto, escrevo: UEFES, ALAFES, etc. Outro aspecto é a multiplicidade de interpretações para determinadas siglas, como CEFS, SAC, e outras. Nessa semana um entrevistado citou a sigla CD, com o sentido de “Comissão de Distribuição”. O repórter ficou em dúvida, porquê interpretou CD com referência ao disco compacto (“compact disc”). Assim, manifestada a dúvida ao entrevistado, este esplicou a interpretação da referida sigla naquela instituição. Finalizando, sugiro desdobrar-se a sigla SAC em duas: SAC = Serviço de Atendimento ao Consumidor, e SACI = Serviço de Atendimento ao Cidadão.


Arquidiocese de Salvador reivindica feriado em homenagem a Irmã Dulce:          
          Faz um certo tempo que a Arquidiocese do Salvador reivindicou ao Governo do Estado de Baía a criação de um feriado em homenagem a irmã Dulce, com o argumento de ter sido ela a verdadeira “mãe dos pobres”. Nesta semana, esta reivindicação foi renovada num evento religioso daquela Arquidiocese. Obviamente, sou também admirador de Irmã Dulce. No entanto, não aprovo, ABSOLUTAMENTE, a criação de um feriado em sua homenagem – 13 de Agosto, dia de sua comemoração no calendário litúrgico católico. Sou contra pelos seguintes motivos: 1 – O número de feriados é controlado legalmente. “Não temos mais vagas para um feriado!”. Se não ezistir controle legal, a situação ficará incontrolável... Ninguém mais trabalhará, com o número ecessivo de feriados! Repito: Não estamos mais na Roma Antiga, que chegou a ter 152 feriados num ano! Nossa sociedade precisa de trabalhar, trabalhar para valer... Afinal o trabalho não é apenas para a nossa sobrevivência; além de outros objetivos, cada um depende do trabalho do outro para solucionar os mais diversos aspectos da sua vida. 2 – Não existe nenhuma necessidade nem conveniência de criarmos novos feriados em homenagem a esta ou aquela pessoa, inclusivamente porquê, por mais importante que seja ela, podemos homenageá-la, estudar sua vida, fazer eventos em sua homenagem, e baseados em seus exemplos, sem precisar de existir um feriado para ela.
EM TEMPO: Chamo a atenção para o fato da laicidade do Estado: Boa parte de nossos feriados está ligada a comemorações católicas ou motivadas por elas. Basta da influência religiosa (acima de tudo católica) no Estado. O Estado é laico: Tem que apoiar todos os cidadãos, independentemente do aspecto religioso.


Incentivo à cirurgia de Vasectomia:
          Nestes dias, novamente foi divulgada a conveniência da cirurgia de vasectomia como um dos meios de controle da natalidade, justamente por ser ela muito mais simples que outras cirurgias e outros processos com o mesmo objetivo. Muitos homens, por falta de esclarecimento se recusa a este procedimento. Um dos argumentos mais comuns é que ela pode eliminar, ou pelo menos reduzir a libido, a potência sexual. Diz Luís-Antônio Sacconi em seu Dicionário (2010): “ Vasectomia: s.f. Medicina. Cirurgia que consiste em remover todo o vaso deferente, ou parte dele, para causar a esterilidade masculina. • Na vasectomia, a potência não é alterada e o homem ejacula normalmente, mas o produto ejaculado não contém apenas esperma. Não há razões anatômicas ou fisiológicas para a esterilização por esse método. Pode haver reversão (vasovasostomia), mais sem garantia de sucesso. → vasectômico: adj. (relativo à vasectomia)”. A restrição que o Autor faz à vasectomia não tem justificativa para a maioria dos geneticistas, visto que o caso de reversão é raríssimo.
          Assim, pois, os homens que já têm dois ou três filhos, com relacionamento estável e outras condições previstas pelos especialistas, têm muito motivo para optar pela vasectomia como método de controle da natalidade. O Hospital da Mulher, em nossa cidade, reserva as quintas-feiras para esclarecimentos aos pais sobre esta questão.         

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