NOMENCLATURA FONÉTICA DO ALFABETO:
Uma das coisas quê chamam a atenção de nosso povo é a diversidade do nome das letras do alfabeto. Existem duas nomenclaturas básicas: a nomenclatura fonética, na qual o nome da letra coincide com o fonema correspondente, e a "oficial", por influência do Francês, baseada no Latim Vulgar. Aliás, o Latim Vulgar, por mais que os lingüísticos (sic) não aceitem, foi uma lástima para a comunicação. Até o valor de U para a letra LÊ (L), como na palavra JORNAL, foi criado por ele. Somente nos últimos tempos eu descobri isto. Mas, voltando ao assunto, na nomenclatura fonética, baseada no Grego, diz-se ":fê, guê, lê, mê, nê, rê, si". Aliás, o J, não existente no Grego, poder-se-ia chamar JÊ. Lembro que SI é forma abreviada do Grego SIGMA. CHAMAR O G (GUÊ) de "GÊ" É SIMPLESMENTE UM ABSURDO, POR DOIS MOTIVOS: PRIMEIRAMENTE, PORQUÊ, ORGANICAMENTE, NADA TEM O FONEMA /J/ COM O FONEMA /G/. DEPOIS, COMPARE-SE, NA SILABAÇÃO, UM ASSUNTO MUITO IMPORTANTE NA ALFABETIZAÇÃO: "GÊ A = ga, TÊ Ó = tó = GATO". AQUI, APARECE UM PROBLEMA TAMBÉM DE GRAFIA: O com o valor de U, um erro grave de nosso sistema ortográfico. Não é muito mais lógico e prático dizer "Guê a = GÁ" quê "Gê a = GÁ"?
Ultimamente, algumas escolas de alfabetização estão adotando a nomenclatura fonética, mas para isto, é preciso aperfeiçoá-la, chamando o J (jota) de JÊ. Infelizmente, não podemos chamar o SI de SÊ, para não ocorrer uma sinonímia com CÊ.
Quando, falando em Rádio, eu digo RÊ, SI, etc, alguns ouvintes estranham, mas sempre me compreendem, pois sabem quê eu sigo a lógica. A nomenclatura alfabética das Língua antigas, como o Grego e o Hebraico, são bem mais fonéticas quê a nossa.
Tenho que falar também dos nomes das três letras estrangeiras, as quais foram anexadas, injustificavelmente, a nosso alfabeto pelo último sistema, adotado em 2.009: K, W e Y. Os nomes corretos, encontradiços em qualquer bom dicionário da Língua Portuguesa, e confirmados em dicionários de línguas estrangeiras, são: CAPA (do Grego KAPA), VÊ DUPLO (do Inglês "double ", pronunciado /dábliu/, subentendendo-se "vê"). Finalmente, o Y: hípsilo (rimando com "asilo", por exemplo). Observai, prezados internautas, os nomes destas letras nos dicionários de línguas estrangeiras, e vereis quê a nomenclatura quê eu indico é inquestionável. Por quê sair da Lógica, daquilo quê é correto, natural, complicando as coisas? Por qual motivo chamar-se "ípsilon" (grafia errada), "ipsilão, ipsilone", etc? Paciência!!!! Isto é complicar aquilo quê é simples.
A nomenclatura fonética também lembra questões de grafia. Exemplos: Vejamos a incoerência de escrever-se "falam" e pronunciar-se /fálãu/. Outro caso: O substantivo "acórdão" (vocábulo de Direito) vem de "acordam", 3ª pessoa do plural do verbo "acordar". Ora, duas palavras de uma mesma origem devem ser escritas da mesma maneira.
Adotemos, pois, a nomenclatura correta, chamando o J de Jê (pela regra geral), e o G de GUÊ.
Finalmente, o plural das letras é formado regularmente: o A, os ÁS (tônico), os bês. Os dicionários registram, por exemplo: "Bê, s.m. Nome da letra B. Plural: bês ou bb". Este "bb" não faz nenhum sentido. É totalmente ilógico. Está na hora de nossos gramáticos chamarem a atenção para este tipo de erro, como também de corrigirem vários outros, como dividirem as sílabas desta maneira; "goi-a-ba, as-sem-blei-a". Os SS (SI geminado) fazem parte de uma mesma sílaba, assim como os RR. Compare-se com o Espanhol: "ca-rro"). O certo é: "GO-IA-BA, A-SSEM-BLÉ-IA". Basta verificar a pronunciação natural, lógica.
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