ORIENTAÇÃO AFETIVO-SEXUAL
Num determinado dia de 2.010, um cantor fez uma declaração em seu blogue a respeito de uma entrevista da REDE GLOBO SOBRE SUA HOMOFILIA. O cantor afirmou quê a TV GLOBO perdeu uma ótima oportunidade de tratar com mais profundidade de um tema muito importante, o qual envolve pessoas dos mais diversos tipos e condições de vida. Ele, segundo uma entrevista concedida, fazia pouco tempo que tivera uma experiência homófila (1), com a qual se sentiu muito bem.\Na época da entrevista, ele estava voltado para o sexo oposto, mas segundo suas afirmações na penúltima entrevista, nada poderá impedir que no futuro ele volte a ter um novo relacionamento com uma pessoa do mesmo sexo (2)..
Ele criticou a rotulação de GAY, como também a expressão nova (neologismo locucional) "orientação sexual, preferindo a ela "orientação afetiva". Ele chegou bem próximo da verdade, porque a expressão ideal é ORIENTAÇÃO AFETIVO-SEXUA .(Não: "sexual-afetiva", por motivo semântico e fonético). Tenho insistido diante do GRUPO LIBERDADE, IGUALDADE E CIDADANIA HOMOSSEXUAL (GLICHO, correção de "GLICH") que está na hora de se racionalizar a nomenclatura do setor e de assuntos correlatos -- tudo quanto se refere à vida afetivo-sexual. Muitas pessoas não entendem o motivo pelo qual eu sempre me refiro às palavras, ao aspecto gramatical e semântico das palavras. Explico: As palavras comandam a vida,como também a resume. Uma nomenclatura exata, com critérios lógicos e científicos, favorece muito à compreensão do assunto, afastando preconceitos e desfazendo equívocos. Quem pensa corretamente, se expressa de maneira adequada, evitando palavras muito polissêmicas e que denotam preconceito e visão inexata da realidade, do assunto..
No caso específico,dou um exemplo: Durante algum tempo, se enfatizava que não se usasse a expressão "CASAMENTO GAY", mas UNIÃO ESTÁVEL ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO. Realmente a palavra "CASAMENTO" TEM ACEPÇÕES BEM DISTINTAS, QUE NÃO DEVEM SER CONFUNDIDAS. As pessoas se ligam mais á concepção da cerimônia, das núpcias. No entanto, o essencial não é isto, é a vivência, dia a dia, garantida pelos direitos sociais e previdenciários. De cerimônias, símbolos e coisas desnecessárias, nossa sociedade está cheia. Precisamos de afastar tudo isto de nossas preocupações, ligando-nos á essência de cada coisa.
Lembro que a REVISTA VEJA, de hoje, traz como principal manchete "casamento gay" INFELIZMENTE, AS PESSOAS CONTINUAM A EMPREGAR PALAVRAS INADEQUADAS. DIGA-SE "casamento homófilo". Não se empregue (sic) palavras como "homossexual" nem "homoafetivo", porquê são híbridas.
(1) O vocábulo HOMÓFILO foi criado por dois Autores franceses, na década de 1.960.O livro que a defende é, principalmente, OS HOMOSSEXUAIS, de Marc Daniel e André Baudry, da Editora Artenova, de Rio de Janeiro.A edição é de 1.977.
(2) Não se empregue o vocábulo HOMOAFETIVO, POR SER HÍBRIDO. "HOMOERÓTICO" PODE SER USADO, MAS QUANDO NÃO TEM A AFETIVIDADE COMO DESTAQUE, MAS APENAS A PARTE SEXUA, VENÉREA..
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