terça-feira, 4 de junho de 2013

Série "LINGUAGEM E ONOMÁSTICA" -- Nº 14

            FALHAS DA ATUAL GRAFIA:
     Continuando a analisar as falhas do atual sistema ortográfico, hoje trato dos seguintes aspectos: -EIA / --EIA, os nomes das letras do alfabeto e a questão dos nomes próprios. Ainda não entendi o motivo pelo qual o prof. FRANCISCO DEQUI, do Movimento Neopedagógico da Língua Portuguesa, ainda não "colocou a boca no ar" -- protestando contra a situação. Ele foi o principal idealizador da GRAFIA FONÊMICA.
   Como prova da incapacidade do grupo que organizou o atual sistema, aceitando o PRINCÍPIO DA PREGUIÇA DOS USUÁRIOS DA LÍNGUA, resolveu eliminar o acento agudo das terminações -EIA E -OIA. Em alguns casos, aceitou o acento em -EU,  mas em outros, não. Ora, em primeiro lugar, a escrita deve ensinar o leitor, quer seja criança, adulto nativo ou adulto estrangeiro, a pronunciar as palavras. Aquele argumento de que o falante conhece sua língua, e por isto não necessita de sinais diacríticos, é totalmente contra a realidade. Assim, a terminação -EIA, geralmente, é fechada. QUANDO NÃO O É, TEM-SE QUE USAR O ACENTO: assembléia / correia. Depois da reforma de 1.97l, surgiu uma das conseqüências negativas desta preguiça em usar acentos: divulgou-se a pronunciação /kolméia/, PORQUÊ ALGUMAS PESSOAS ACHARAM QUE O ACENTO NÃO FORA UTILIZADO POR ESQUECIMENTO. O correto é /kolmêia/, com o E fechado.

   Quanto aos nomes das letras. o atual sistema é por demais liberal, registrando os nomes conhecidos, por mais errados que sejam, como "dáblio" e "ípsilon", e dizendo que outros nomes poderão ser usados. Nossa nomenclatura do alfabeto é totalmente desorganizada, com base no latim vulgar e na tradição francesa. Um exemplo:  chamar o G de "gê" é um contra-senso. O J (jota) é que deveria ser chamado de JÊ. O valor sonoro do G é uma conseqüência dos erros do Latim vulgar, que nunca deveria ter passado a outras línguas. Outro êrro grave:  "A (....). Plural: as ou aa"
    Finalmente, retirou-se tudo sobre os nomes próprios, no entanto, deixou justamente AQUILO QUE NUNCA DEVERIA TER EXISTIDO: O H do topônimo BAÍA. Não dá para entender como um grupo de gramáticos (pelo menos é aquilo que se espera, no caso)  não percebeu a séria questão da GRAFIA DOS NOMES PRÓPRIOS.

Nenhum comentário:

Postar um comentário