terça-feira, 11 de junho de 2013

SÉRIE "LINGUAGEM E ONOMÁSTICA" -- Nº 15

     10 DE JUNHO: DIA DA LÍNGUA PORTUGUESA, DIA DA COMUNIDADE LUSITANO-BRASILESA E DIA NACIONAL DE PORTUGAL. Tudo isto porquê  é o dia do falecimento do grande poeta épico LUÍS (VAZ) DE CAMÕES, nascido  mais ou menos em 1525 e falecido em 1.580 (Alguns dão o ano de sua morte: 1.579). NORMALMENTE,  ESCOLHE-SE A DATA DO NASCIMENTO, MAS COMO NÃO É  FÁCIL SABER-SE A DATA de nascimentos daquela época,   escolheu-se o dia da morte .Quanto ao dia nacional do país, também as nações mais modernas escolheram sempre o dia de algum tratado, de algum armistício ou alguma guerra que selaram a independência do País. O mesmo problema observa-se em Portugal, cuja formação como Nação aconteceu aos poucos,  do século 8º até o século 13 da Era Cristã.
   Era meu plano conceder uma boa entrevista a um programa de rádio, ou até mesmo a um jornal, mas não me lembrei com antecedência para planejá-la. Por isto, apenas agora, já no fim do dia 11 é que estou tratando do assunto.
   Do livro "Filologia e Gramática", de (JOAQUIM) MATOSO (1) CÂMARA (JÚNIOR),  2ª edição, 1.964, extraí o seguinte:
   "PORTUGUÊS: Língua românica que se desenvolveu na zona atlântica da Península Ibérica, aproximadamente correspondente á província romana da Lusitânia (2). Ao lado do castelhano (também dito espanhol) (3), e do catalão, é uma das três grandes línguas românicas da Península Ibérica (4). A diferença entre elas ressalta à primeira vista na frase (5) inicial do Padre (6) Nosso: a) Port. :"Padre nosso que estais nos céus; santificado seja o vosso nome".  b)  "Padre nuestro que estás en los cielos; santificado sea tu nombre".  c) Catalão: "Pare nostre, que estau en lo ciel; sia santificat lo vostre sant nom".
    Infelizmente, como meu tempo e meu espaço aqui são limitados, não vou prosseguir o texto. Passo a fazer rápidas considerações sobre NOSSO POBRE E FONÉTICO  PORTUGUÊS!!!
  Desde a época de 1.980, nossa fonética e flexível língua está sendo vítima de graves ofensas, transgressões, devido a uma série de problemas sociais e do ensino. Uma das reportagens a que me refiro num de meus longos artigos, foi da revista VEJA, salvo engano, na década de 1.980. Seu título era:  "A LÍNGUA PORTUGUESA PEDE SOCORRO!!!!". No entanto, para os LINGÜÍSTICOS, não; tudo vai bem....  Na semana passada, por exemplo, Evanildo Bexara (7) disse que o código de comunicação das redes sociais funciona muito bem... Não lhe fez nenhuma ressalva.. Apenas disse que tal código é limitado àquele espaço, e quê, então, em outras situações, os internautas  não devem usá-lo...
   Boa parte da culpa da situação atual é da LINGÜÍSTICA, pois esta Ciência, ao invés de se preocupar com os grandes princípios da linguagem verbal e estimular a linguagem correta, lógica, disciplinada, combate, sistematicamente  toda disciplina e lógica na comunicação. Prefere sempre estimular a linguagem afetiva, as gírias, os regionalismos e a criatividade, e chega ao absurdo de dizer quê não existem erros de Português (O mesmo princípio vale para outras Línguas...), que o importante é que a pessoa se comunique....
   Assim, na escola, atualmente, não se estuda mais gramática,  "no duro", como eu e muita gente estudâmos..
   É triste a situação..  No ano passado mesmo (ou início deste ano?). discutiu-se este problema  por causa da linguagem de  um um livro didático; vieram os adeptos da Lingüística defender a "linguagem moderna, despreocupada, informal de nossos adolescentes e  jovens..."
   NOTAS: (1) Na fonte: "Mattoso".  Este Autor foi adotado em meu curso de Letras..  (2) Observe-se que "Lusitânia" é topônimo típico.  Por isto, não pode ser usado como nome individual.  (3) A rigor, "castelhano" é o Espanhol do Sul de América do Sul.  (4) Na Fonte: "península ibérica".  Não está errado, mas eu prefiro usar a expressão como topônimo. Por isto, uso iniciais maiúsculas.  (5)  No caso,  é mais exato falar-se em "oração".  (6) Deve-se usar, no caso,  "PAI", não "padre", para evitar qualquer confusão semântica  (7) Na Fonte: "Bechara", mas este posnome é árabe.

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