sexta-feira, 3 de maio de 2013

SÉRIE 'FILOLOGIA E GRAMÁTICA HISTÓRICA": -- Nº 04"

          F O R M A  C O R R E TA (ortoépia)    
    Segundo Cândido de Oliveira, em "Revisão gramatical", Gráfica Biblos Editôra, São Paulo,S.P., sd.),ORTOÉPIA TRATA DA pronunciação correta do vocábulo: clareza na emissão dos fonemas. Ele dá como exemplo: "ortoepia (í)". Embora o ilustre gramático opte pela forma "ortoepia", a forma realmente correta é ORTOÉPIA. SILVEIRA BUENO explica:  "Quando um têrmo grego passa ao Latim e deste ao Português, fica com a acentuação latina; no entanto, se o têrmo é formado do Grego ou veio diretamente do Grego para o Português, conserva a tonicidade determinada pela quantidade do sufixo grego. O têrmo em questão não passou pelo Latim". Vou logo explicar o seguinte: Quando o gramático fala em "quantidade", é porquê em Latim e em Grego, não se fala, propriamente, em tonicidade, como nas línguas atuais, mas em "quantidade"das sílabas. Cada vogal ou grupo de vogais tem determinada quantidade. Existem as regras gerais e os casos particulares. Também lembro que SILVEIRA BUENO, em Onomástica, é uma de minhas maiores bases, embora, em seu  dicionário de Língua Portuguesa, constantemente ele "confunde alhos com bugalhos". Uma de suas falhas evidentes é não saber distinguir um dicionário de nomes próprios de um dicionário de nomes comuns. O onomástico deve possuir uma boa base em gramática, inclusivamente histórica. Por isto, se ele escreve um dicionário da língua portuguesa, ou de outra Língua,  espera-se que ele não cometa asneiras.
   Segundo  Cândido de Oliveira, a PROSÓDIA  trata da localização do acento tônico. Exemplo: aríete (rí). Concluindo: Não é necessário falarmos em "prosódia",  porquê a ORTOÉPIA a inclui, porquê na pronunciação correta, um de seus  destaques é a tonicidade. Exemplo: Se eu digo: METANÉIA, a SÍLABA tônica  é  -NÉ-. Nossos gramáticos atuais dizem que -NÉI- é um ditongo aberto. No entanto, considero errônea esta afirmação, por um motivo muito prático:  Não se divide: "me-ta-néi-a", mas "ME-TA-NÉ-IA". BASTA PRESTAR-SE ATENÇÃO À PRONUNCIAÇÃO MAIS NATURAL, MAIS CÔMODA. ESTE ERRO aparece em todos nossos dicionários e gramáticas atuais. Outra particularidade desta palavra é que a primeira sílaba é aberta:  /mé/,  embora não seja tônica. Não é correto dizer-se que, como ela não é tônica, fica à vontade do falante. Isto dá desordem,e dúvida, porquê nem sempre o falante tem idéia daquilo quê é melhor no assunto, nem sempre ele se preocupa com a exatidão da linguagem.
    Hoje estou apenas dando um exemplo de um tópico da gramática histórica, com visão racional. A FORMA CORRETA DE UM VOCÁBULO  É DETERMINADA PELO USO, ATÉ CERTO PONTO, MAS O É PRINCIPALMENTE PELA ETIMOLOGIA. Afinal, a Filologia, juntamente com a gramática histórica, tem condições de analisar uma palavra,  sua origem, sua evolução no tempo e no espaço, indicando, também suas deturpações, e afirmando quando  a forma vigente se trata da regra geral, correta, ou  de uma deturpação. Assim, pois, entre os nomes comuns, o correto é COLMEIA, com o E fechado. Entre os nomes próprios, o correto é FILIPE,  e não FELIPE.

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